Que limpeza, que beleza! E Portugal perdeu o lugar
Chovia canivete no Recife, lavado e transbordado, e a Alemanha não queria nem saber de se poupar ou dar motivo para alguém dizer que fez jogo de compadres com os EUA.
Tratou de atacar desde o começo um time que, naturalmente, por bem mais fraco, só se defendia apostando num contra-ataque.
Mas compadrio não tinha e os alemães criaram, sem concluir, pelo menos quatro boas chances.
Gramado pesado, caixa de ferramentas aberta, não faltaram cartões amarelos dos dois lados, inclusive o primeiro alemão na Copa.
A Alemanha voltou com Klose no segundo tempo, mas foi o artilheiro Müller, de apenas 23 anos, quem fez, aos 10, o gol germânico, o quarto dele na Copa, o nono nas Copas, a apenas seis de Klose e Ronaldo: 1 a 0.
Gana, que saíra atrás de Portugal, no Mané Garrincha, empatava 1 a 1 e caso fizesse mais um entraria no lugar do Tio Sam.
Os americanos apostando que tal não aconteceria seguiam se defendendo, com medo de se expor e tomar mais gols, uma bobagem porque, àquela altura, perder de um ou de 10 dava rigorosamente no mesmo.
Literalmente os ianques batiam cabeça, e Bedoya e Jones foram a nocaute na intermediária alemã, assistido por Dempsey.
Mas Cristiano Ronaldo pôs os lusos à frente em Brasília e os sobrinhos de Tio Sam chegaram às oitavas sem sustos maiores.
Já o número 1 da Fifa voltou para Portugal mantendo a tradição de quebrar a cara que caracteriza os melhores do mundo nas Copas recentes, como aconteceu com Ronaldinho Gaúcho, em 2006 e com Lionel Messi, em 2010.
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