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Blog do Juca Kfouri

Copa para quem e para quê?

Juca Kfouri

12/05/2014 13h53

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Para que serve uma Copa do Mundo?

 

 

Os preparativos para o mundial da Fifa ocorrem da mesma forma nos países desenvolvidos e naqueles ainda em desenvolvimento?

 

 

Violações de direitos acontecem em todos eles?

 

 

São algumas das perguntas que o livro "Copa para quem e para quê?

 

 

Um olhar sobre os legados dos mundiais no Brasil, África do Sul e Alemanha" se propõe a responder.

 

 

Organizada pela Fundação Heinrich Böll (FHB), a publicação foi lançada durante a II Conferência Internacional Megaeventos e Cidades, que aconteceu em abril no Rio de Janeiro.

 

 

O livro analisa os preparativos das Copas da África do Sul, da Alemanha e do Brasil, e mostra como as ações da Fifa, dos governos e das empresas patrocinadoras mercantilizam cada vez mais os espaços públicos, com a justificativa de benefícios futuros para os povos dos países que sediam os eventos.

 

 

De acordo com as análises, na Alemanha o legado está ligado ao ganho simbólico durante o chamado "verão de contos de fadas" em que ocorreu a Copa, no qual os alemães foram apresentados ao mundo como um povo festivo e amigável.

 

 

O legado da África do Sul também trouxe mudanças na imagem do país, mas o que sobressaiu foram as violações de direitos, como as remoções forcadas para áreas "provisórias" de moradia, nas quais inúmeras famílias permanecem até hoje vivendo em condições precárias.

 

 

Uma semelhança evidente com o que hoje ocorre no Brasil, onde 250 mil pessoas sofrem ou estão em processo de remoção por conta dos megaeventos, segundo estimativas dos comitês populares da Copa.

 

 

O livro também aborda outras semelhanças entre Brasil e África do Sul, como o endividamento público para a construção dos estádios e as prisões arbitrárias, como as que ocorreram durante a Copa das Confederações.

 

 

Assinam os artigos: Christian Russau, jornalista alemão e ativista de direitos humanos; Laura Burocco, pesquisadora em políticas urbanas e desenvolvimento, doutoranda da ECO/UFRJ; Glaucia Marinho, Mario Campagnani e Renato Cosentino, jornalistas da Justiça Global e integrantes do Comitê Popular da Copa do Rio e da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop). Dawid Bartelt e Marilene de Paula, da FHB Brasil, organizaram a publicação.

 

 

A publicação pode ser solicitada por email (info@br.boell.org) e estará disponível em breve no site da Fundação (http://br.boell.org/). A distribuição é gratuita.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/