Amistosos não são a praia de Felipão
Amistoso na Basileia, entre Suíça e Brasil?
Só para inglês ver.
Porque de amistoso o jogo não teve nada, embora não valesse taça.
Já no primeiro tempo houve lances pra lá de ríspidos, causados mais pelos brasileiros, ainda sem o ritmo ideal de jogo e de volta das férias.
Os suíços tinham mais volume de jogo e irritavam os brasileiros com sua tradicional marcação inclemente.
Mesmo assim, as melhores chances de gol foram brasileiras num jogo disputado sem tréguas e interessante de se observar.
Hulk foi neutralizado pelo goleiro cara a cara uma vez, Paulinho cabeceou no travessão e Oscar teve outra chance enorme para botar a Seleção Brasileira na frente.
Do outro lado, a defesa brasileira invariavelmente impediu o último chute adversário e apenas uma vez Jefferson precisou fazer grande defesa.
Nos primeiros 45 minutos, Neymar não brilhou, Fred pouco apareceu e Oscar não criou, além de Luiz Gustavo e Paulinho não terem mostrado o mesmo entrosamento da Copa das Confederações.
Lembremos que o último jogo da Seleção foi no dia 30 de junho e que, por isso, a maior parte de seus jogadores voltaram mais tarde das férias, diferentemente dos suíços.
Com 2 minutos do segundo tempo, Daniel Alves, sozinho, fez lindo gol de cabeça, mas contra sua meta.
Não era justo nem injusto. Era o que era.
Quatro minutos depois, Dante e Jefferson quase protagonizaram uma lambança bizarra, no que seria mais um gol contra acrescido de um frango histórico, quando o zagueiro atrasou uma bola bandida para o goleiro que a deixou passar entre as pernas e teve que driblar um atacante suíço que o pressionava.
Só dava Suíça porque era nítido que a Seleção acusava o gol inesperado.
Então, Felipão sacou Marcelo, Luiz Gustavo e Fred para as entradas de Maxwell, Fernando e Jô.
Depois Hernanes substituiu Oscar e Lucas entrou no lugar de Hulk, autor do primeiro chute a gol brasileiro no segundo tempo, aos 16 minutos.
Jean também foi para o jogo, no lugar do autor do único gol do jogo, enquanto os suíços também trocavam meio time.
Era, por tudo isso, outro jogo, muito menos interessante.
E que terminou do jeito que acabou sendo mais adequado porque, como se sabe, Felipão e amistosos não combinam como ele combina com mata-matas.
Tivesse mais 24 horas de jogo e ninguém faria gol, porque os suíços são bons mesmo em evitá-los, pelo que, penhorados, agradecem ao nosso Daniel Alves.
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