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Blog do Juca Kfouri

Tetra com sabor de hexa

Juca Kfouri

30/06/2013 20h50

 

Quando eu me preparava para escrever que o 1 a 0 do primeiro tempo não espelhava o melhor jogo do Brasil contra a Espanha, eis que Neymar fez o segundo, com firmeza e inteligência ao sair do impedimento.

Fred havia inaugurado o placar deitado, logo de cara e, como Oscar, desperdiçado o segundo gol, coisa que Neymar não fez nem David Luiz, que salvou o empate de Pedro na pequena área brasileira.

Com exceção de um erro aqui de Paulinho, outro errinho ali de Fred, mais um errão de Daniel Alves, jogava muito a Seleção do Felipão.

Para manter o ritmo, nem bem o segundo tempo começou e o massacre recomeçou com Fred fazendo o terceiro gol e deixando os rivais tão atônitos que nem mesmo um pênalti dado de presente por Marcelo foi aproveitado por Sergio Ramos, que bateu para fora.

O Brasil ganhava o tetracampeonato da Copa das Confederações sem que os espanhóis pudesssem reclamar de nada, nem mesmo da expulsão de Piqué, ao derrubar Neymar em direção ao quarto gol.

Talvez pudessem reclamar da surpreendente entrada de Jadson no lugar de Hulk que nem os brasileiros esperavam..

Felipão queria botá-los na roda.

E botou-os…

A verdade é que o tetracampeonato da Copa das Confederações assumiu o sabor de um aperitivo para o hexa mundial.

Quem pode duvidar?

Notas

Júlio César, firme, sem erro: 8

Daniel Alves, ansioso, 6

Thiago Silva, um monstro 8,5

David Luiz, dois monstros 9

Marcelo, um pênalti bobo, 6

Luiz Gustavo tomou conta de Iniesta, 8

Paulinho, o de sempre. 7,5

Oscar fez sua melhor apresentação, 8,5

Hulk, um espetáculo 8

Fred, dois gols, que mais? 9

Neymar, para espanhol ver, 8

Jadson, Jô e Hernanes não teriam nota, mas campeões que são têm 7.

 

Felipão, fez um time em um mês: 10? Vai mascarar? OK, 9,5!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/