Neymar na Catalunha e a Seleção Brasileira em Goiânia
Neymar fez tudo como manda o figurino ao se apresentar ao Barcelona.
Falou em catalão no Camp Nou, disse que chegava para ajudar Lionel Messi a continuar como melhor do mundo e que realizava seu sonho de infância.
Até dormiu na cidade em que vai morar, cidade que, como Santos, tem mar, motivo de gozação em faixas da torcida catalã lembrando o presidente do Real Madrid que a capital da Espanha "não tem mar nem Neymar".
Mais Neymarketing, impossível.
Ao passar a noite em Barcelona, Neymar não poderá treinar hoje com a Seleção Brasileira em Goiânia, um despropósito para um time que jogará, no domingo, em Porto Alegre.
Absurdo fruto da velha politicagem que prejudica a Seleção desde quando se inaugurou o velho Maracanã, em 1950, e que foi, agora, motivo de justas queixas de Carlos Alberto Parreira.
A razão da lambança é clara: de mal com o governo federal, José Maria Marin busca apoio na oposição.
Aí, agrada desde o governador tucano de Goiás, Marconi Pirillo, até o candidato à presidência da República, Aécio Neves, do PSDB, que levou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao camarote da CBF no novo Maracanã para ver o empate com a Inglaterra.
Os jogadores da Seleção não têm nada a ver com isso, mas pagam o pacto e perdem pelo menos um dia de treinamentos antes de enfrentar a desfalcada França, que virá ao Brasil sem sua maior estrela, o craque Franck Ribéry, do Bayern Munique.
Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, 4 de junho de 2013.
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