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Blog do Juca Kfouri

Messi entra e muda tudo

Juca Kfouri

10/04/2013 17h37

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Na falta de Lionel Messi no primeiro tempo, em Camp Nou, o Barcelona teve de apelar para Vítor Valdés. Porque o PSG foi melhor e mais perigoso, exigindo do
goleiro catalão defesas que o italiano Salvatore Sirigu não precisou fazer. Mas o 0 a 0 mantinha o Barça nas semifinais da Liga dos Campeões, ao lado do rival Real Madrid e o Borussia Dortmund, protagonista de uma virada de matar, ontem, contra o Málaga.

Também o Bayern Munique se classificava com o 0 a 0, em Turim, contra a Juventus. Mas faltavam 90 minutos, na Espanha e na Itália. E, em Barcelona, aos 5 minutos, em contra-ataque rapidíssimo, Javier Pastore recebeu um presente de Ibrahimovic e fez o gol que gelou a Catalunha e incendiou Paris e… Madrid.

O Barcelona se desequilibrou e passou a jogar com pressa, em vez de com velocidade. O Paris Saint Germain se aproveitava em contra-ataques que o deixavam mais perto de ampliar do que de sofrer o empate.

Como era inevitável, Messi foi para o sacrifício entrou no lugar de Fábregas, aos 16, diante de 96 mil torcedores. E sua simples presença no gramado levou o Barça a exercer uma blitz na área francesa, que resistiu com a dupla Thiago Silva e Alex jogando muito.

Sim, Messi é tudo! Ele começou uma jogada com um passe especial para Villa fazer o pivô e dar para Pedro fulminar e empatar, aos 26. Messi equilibrava tudo do seu lado e desequilibrava a decisão, enquanto o Bayern Munique abria o placar em Turim e despachava a Velha Senhora, pois ainda fez 2 a 0 no fim.

Não demorou para o PSG se reencontrar e voltar a ter contrôle do jogo. David Beckham veio para o jogo ao faltarem 8 minutos. Todas as cartas estavam na mesa. E Messi causava cartão amarelo em Thiago Silva, que o suspenderia. O Barça segurava a bola o quanto podia e garantia a sua sexta semifinal seguida. Dois alemães e dois espanhóis vão decidir a Liga.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/