A escolha de Felipão: por que deixar Kaká de fora?
A primeira convocação de Luís Felipe Scolari comprova o que dele se esperava como as convocações do goleiro Júlio César e de Ronaldinho, mas surpreende pela ausência de Kaká, além de revelar boas apostas em Filipe Luís e Miranda, do Atlético de Madrid, e Dante, do Bayern Munique, todos zagueiros bem sucedidos nos gramados europeus.
A manutenção dos que formaram o meio de campo titular de Mano Menezes também foi medida inteligente.
Jamais gostei muito do estilo de Júlio César, sangue quente e atabalhoado demais para quem joga no gol para o meu gosto, mas curvei-me diante de suas temporadas como um dos melhores, se não o melhor, do mundo na posição.
Supus que a falha diante da Holanda marcasse seu fim na Seleção e do jeito que, infelizmente, eu esperava.
Mas não.
Felipão talvez espere que ele se redima como Marcos se redimiu na Seleção, depois de falhar feio na decisão da Taça Intercontinental, pelo Palmeiras.
Já a ausência de Kaká é incompreensível, como não parece adequado convocar Ronaldinho voltando de férias, pois pode dar a ele a única impressão que ele não pode ter, a de ter lugar cativo na Seleção.
Kaká, ao contrário, está em regime, por mais que não jogue no time do desafeto Mourinho, e é capaz de se matar pela Seleção, como comprovou com Mano Menezes.
De resto, soa muito boa a nova convocação de Hernanes, que Mano acabou desprezando.
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