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Blog do Juca Kfouri

Bombonera brasileira

Juca Kfouri

22/11/2012 00h17

A melhor coisa da banalização deste Subclássico das Américas é ver argentinos e brasileiros jogando civilizadamente.

Provavelmente em função de tantos argentinos que jogaram ou estão jogando no Brasil.

Nesta noite na Bombonera, por exemplo, eram cinco argentinos nesta condição quando o jogo começou: Sebá, Guiñazu, Montillo, Martinez e Barcos.

Mas o jogo mesmo foi apenas razoãvel, e olhe lá.

Arouca foi o melhor dos brasileiros e por mais que Durval não tenha comprometido, é no mínimo estranho que Mano Menezes não tenha optado pela dupla de zaga do Galo, com Réver e Leonardo Silva.

É evidente, também, que Carlinhos é melhor que Fábio Santos, assim como, mesmo participando bastante do jogo, Thiago Neves não é jogador nem para o time B, que dirá para o principal.

Mas, enfim, como reconhece o próprio técnico brasileiro, este jogo mais confunde que esclarece.

Montillo foi o melhor dos hermanos numa seleção argentina mais B que a brasileira, frustrada pela atuação apagada da dupla de ataque Fred e Neymar.

Diego Cavalieri estreou sem trabalho e Mano Menezes ousou ao deslocar Jean para a lateral-direita e botar a revelação do Brasileirão, Bernard, para jogar com três atacantes no momento em que Lucas Marques se machucou e a Argentina saiu em busca da vitória.

A Bombonera a meia bomba só vibrou mesmo quando o árbitro chileno inventou um pênalti de Jean em Martinez que Scocco converteu, aos 36.

Mas dois minutos depois Jean pegou o rebote de um cruzamento de Bernard e o chute cruzado encontrou Fred bem colocado para empatar.

Aos 44, no entanto, um contra-ataque argentino acabou de novo nos pés de Scocco que fez 2 a 1, mesmo placar, mas para o Brasil, do jogo em Goiânia, e levou a decisão aos pênaltis.

Martinez, do Corinthians, bateu e Cavalieri, do Fluminense, defendeu.

Thiago Neves, do Flu, fez 1a 0 para o Brasil.

Montillo, do Cruzeiro, bateu em Buenos Aires e mandou a bola em Belo Horizonte.

Jean, do Flu, fez 2 a 0.

Sebá, ex-Corinthians, diminuiu.

Carlinhos, do Flu, bateu e perdeu.

Scocco empatou.

Fred, do Flu, fez 3 a 2.

O goleiro Orion empatou na quinta cobrança argentina.

E Neymar, do Santos, fez 4 a 3.

Com o que o Brasil ganhou a taça pela segunda vez seguida.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/