A queda de Mano
Mano Menezes, assim como Andrés Sanchez, tinha a simpatia do ex-presidente Lula, aposta de José Maria Marin para estabelecer ligação com a presidenta Dilma Rousseff.
Parece que Marin foi convencido por Marco Polo Del Nero que a aposta não daria em nada.
E depois de Mano ter achado um time e feito um ano razoável à frente da Seleção, ele caiu.
Felipão deve ter a simpatia do país apesar do Palmeiras.
E pode ser visto como elo com o governo por estar trabalhando como voluntário no Ministério do Esporte.
Tite é outro nome óbvio, principalmente se ganhar o Mundial de Clubes.
Mas pode haver surpresas, de forte impacto.
Fato é que Marin faz agora com Ricardo Teixeira aquilo que fez com Paulo Maluf: salvou as aparências por um tempo e traiu na hora agá.
O futebol brasileiro segue dirigido a bangu.
Atualização às 17h15: Andrés Sanchez, em entrevista coletiva, anunciou que ficará.
Ele que segurou Tite quando o Corinthians caiu diante do Tolima, foi derrotado ao tentar manter Mano Menezes e nem assim acho que deveria sair, o que fala muito dele.
E disse que Mano só soube hoje, o que não é verdade.
Desde ontem, pelo menos dois jornalistas davam como certa a queda do treinador: por ordem alfabética, André Plihal, da ESPN-Brasil, e Martin Fernandez, da Folha de S.Paulo.
Só há uma explicação para a permanência de Sanchez: a manutenção de um elo com Lula.
Aliás, há outra: não honrar as calças que veste.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/