Nuzman na rota de Teixeira
Carlos Nuzman sempre teve João Havelange como ídolo e paradigma.
Não deveria, mas o tem assim até hoje — e é provável que tenha o mesmo fim.
Carlos Nuzman jamais gostou de Ricardo Teixeira.
Mas chegou a fazer um pacto de não-agressão com ele.
E é quase certo que, assim como o ex-presidente da CBF e do COL não abrirá Copa do Mundo de 2014, o atual presidente do COB e do Rio-16 também estará ausente da abertura da Olimpíada de 2016.
Tomara que o motivo não seja nenhum problema de saúde.
Porque Nuzman tem exagerado ao trocar os pés pelas mãos.
Neste episódio da pirataria de informações, por exemplo.
Assim que cobrado por Sebastian Coe — e a cobrança se deu entre o fim da Olimpíada e o começo da Paraolimpíada –, ele poderia ter vindo a público, manifestado seu choque e desagrado, e anunciado as providências.
No entanto, preferiu o silêncio, achou que poderia abafar um caso que envolveu tanta gente.
Se o COI já não andava satisfeito com o seu acúmulo de cargos, e o Ministério do Esporte o colocara na alça de mira, daqui por diante só tende a piorar.
Até se tornar insustentável para alguém nas suas condições, por mais proteção que ainda tenha entre os que a eles continuam associados, na imprensa, inclusive.
Nuzman precisa responder a pergunta que hoje "O Globo" lhe faz:
"Quem mandou fazer as cópias?".
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/