Reflexões olímpicas no último dia
A frustração pela perda do ouro no vôlei masculino é apenas uma frustração e faz parte do mundo do esporte.
Os russos não eram meros coadjuvantes e foram notáveis, como notável é nosso time de vôlei.
Tão notável como são os pugilistas medalhados, nossa judoca e nosso ginasta de ouro, e, tanto quanto, a pernambucana Yane Marques, bronzeada no pentatlo — quem diria?!
Mas o Brasil volta para casa com apenas 17 medalhas, atrás de Cuba, da Jamaica, e, é claro, dos Estados Unidos, em quarto lugar num hipotético Jogos Pan-Americanos.
Com apenas duas medalhas a mais que quatro anos atrás em Pequim, em 22o. lugar agora, uma posição só acima da Olimpíada chinesa.
Com duas medalhas de ouro a menos que em Atenas, oito anos atrás, quando conquistou a 16a. posição.
Como se ainda fosse um competidor café com leite.
É pouco, muito pouco, para o tamanho e para as ambições do nosso país.
Não que surpreenda, porque era esperado, dada a falta de uma Política Esportiva e o quanto se gasta com as mordomias do COB.
E nunca antes neste país se investiu tanto no esporte, coisa de dois bilhões de reais de dinheiro público, fora os patrocínios das estatais!
Ora, está óbvio que um dos problemas reside em quem intermedeia os recursos, há mais de 20 anos no poder.
O mesmo intermediário que está à frente dos Jogos Olímpicos do Rio, daqui a quatro anos.
A pergunta é simples: vamos dar mais uma chance ao sr. Nuzman?
A resposta cabe à presidenta Dilma Rousseff.
O amargor na boca de quem viu de perto em Londres, e pela TV no Brasil, por enquanto, fica por nossa conta, no Imposto de Renda.
Até quando?
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/