O futebol dos meninos a dois passos do ouro
O jogo nāo tinha ainda chegado aos 13 minutos em Newcastle, os brasileiros já tinham criado duas boas chances quando, pela esquerda, Espinosa fez ótima jogada, a bola sobrou para Martinez que, como se fosse Roger Federer, fez um gol de slice.
Honduras 1, Brasil 0.
Não bastavam o vôlei, o futebol e o basquete feminino?
Hypólito, Cielo, Murer?
A seleção brasileira seguia melhor, mandava no jogo, com Oscar e Neymar, mas nem Hulk nem Damião acompanhavam o diapasão.
Aos 32, com razão, expulsão decretada pelo juiz alemão de Crisanto, zagueiro diabolicamente violento, mas aplaudido pela torcida que, além de naturalmente torcer pelo mais fraco, não gosta de Neymar, a vítima da falta.
Cinco minutos depois, Damião empatava, ao se aproveitar de uma titubeada da zaga hondurenha diante do gol, num carrinho de centroavante.
Aos 41, Mano Menezes talvez tenha se lembrado que, com dois a menos os camaroneses venceram os brasileiros em Sydney e, para aproveitar a vantagem numérica tentou virar ainda no primeiro tempo, trocando Sandro, que não gostou apesar de já ter levado cartão amarelo,por Danilo.
Mas não deu certo e a virada teve de ficar para o segundo tempo.
Que começou com novo gol hondurenho, de Espinosa, em falha do goleiro Gabriel, substituto de última hora do inseguro Neto.
Menos mal que não demorou muito para o alemão marcar um pênalti à brasileira em Damião e Neymar empatar.
Empate obtido, o terceiro gol, o da vitória de virada, veio em bela combinação entre Neymar e Leandro: 3 a 2.
Na plateia, em espanhol, um indignado torcedor já havia brindado o árbitro com a insólita pergunta sobre quanto o dinheiro o Brasil havia lhe dado…
Diante da pressão centro-americana, aos 22, Mano tirou Hulk e pôs Lucas, em busca de um contra-ataque que liquidasse como jogo.
Que não veio, mas não precisou.
Agora é esperar para saber o rival em Manchester, na terça-feira: Grã-Bretanha ou Coréia do Sul pela semifinal.
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