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Blog do Juca Kfouri

Brasil faz três nos coreanos que empataram com os mexicanos

Juca Kfouri

07/08/2012 17h35

Ainda não foi a exibição que se quer do futebol brasileiro.

Mas mais uma vez os meninos de Mano venceram e estão na disputa pelo ouro olímpico, coisa que acontece pela terceira vez na vida do time brasileiro, tomara que, agora, com final feliz neste sábado, no santuário de Wembley, contra o também invicto, mas não 100% time do México.

Que há muito, diga-se, perdeu o respeito reverencial que sempre dedicou à Seleção Brasileira e que muito se orgulha de ter como seu maior título uma conquista de Copa das Confederações, em 1999,  exatamente contra o Brasil.

O primeiro gol brasileiro saiu de um contra-ataque e um belo passe de Oscar para o vascaíno Rômulo fulminar o fraco goleiro coreano, mais alto jogador da Olimpíada com 1m92.

Mais uma vez a arbitragem foi generosa com o Brasil, ao não marcar um pênalti de Juan em Ji no primeiro tempo e outro de Sandro no mesmo camisa 9, no começo do segundo.

Joseph Blatter e José Maria Marin, lado a lado, a tudo viam em Old Trafford, lado a lado.

E devem ter ficado felizes ao ver uma trama entre Marcelo e Neymar, pela esquerda, aos 10, terminar em mais um gol de Leandro Damião: 2 a 0.

Mais ainda quando o artilheiro colorado liquidou o jogo, aos 18, ao seu modo, empurrando a bola pra dentro do gol do jeito que der: 3 a 0.

Dá para reclamar?

Sempre dá, é claro,

Mas rindo mesmo está o técnico Mano Menezes.

E com razão.

Afinal, a final contra os entrosados mexicanos será, também, contra um time que não saiu do 0 a 0 contra os mesmos coreanos do sul na primeira fase da Olimpíada.

E o time dele enfiou três, sem tomar nenhum.

A arbitragem?

Questão de interpretação, dirá.

Ele que ainda pôs Hulk no lugar de Marcelo aos 30, depois de ter surpreendido com a escalação de Alex Sandro na vaga do atacante, claramente preocupado em não perder o meio de campo, sem grande resultado, diga-se.

Pato entrou no lugar de Damião e Bruno Uvini no de Juan.

Ouro à vista em Londres.

Mas a tarde foi mesmo das meninas do vôlei.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/