Bi de ouro ou prata de lei
A seleção brasileira de vôlei feminino terminou agora há pouco o seu processo de ressurreição iniciado na épica virada sobre a Rússia.
Desta vez as vítimas vieram do distante Japão, as terceiras do ranking mundial, atrás apenas das americanas e das brasileiras, campeãs olímpicas.
Tão campeãs que, primeiro, superaram a si mesmas para ganhar das russas e, agora, superaram também as nipônicas com incrível facilidade por 3 a 0 (25/18, 25/15 e 25/18).
Sim, faltam as americanas que as derrotaram por 3 a 1 e abriram a temporada de desconfiança em relação ao poderio do time nacional.
E, de fato, Destinee Hooker e companhia parecem inatingíveis, tamanha, também, foi a facilidade com que fizeram 3 a 0 na Coreia do Sul no começo da tarde, coreanas que venceram as brasileiras por 3 a 0 na primeira, e esquecível,fase da Olimpíada.
Quem sabe se também se acham, sobem no salto e se surpreendem neste sábado, na finalíssima, às14h30, no mesmo ginásio de Earls Court onde foram disputados todos os jogos de vôlei na Londres-2012.
Se o Brasil vencer, será bicampeão olímpico e, cá entre nós, em caso contrário, esta será uma prata que valerá, e muitíssimo, pela passagem do time de Zé Roberto por mais um Olimpíada.
O técnico por sinal, na entrevista após o jogo, fez interessante lembrança que havia passado despercebida em relação ao tristemente célebre jogo em que as russas, perdendo de 24 a 19, viraram e derrotaram as brasileiras, em Atenas.
"Veja como a vida tira e devolve: agora fomos nós que salvamos seis vezes o ponto final."
E ficou com os olhos marejados, emocionado e feliz da vida, além de confiante em relação à final, assim como cada uma das jogadoras que passaram pela zona mista.
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