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Blog do Juca Kfouri

Seleção olímpica espreguiça em Middlesbrough

Juca Kfouri

20/07/2012 17h38

AP

Em ritmo de treino a cinco dias da estreia na Olimpíada, contra o Egito, em Cardiff, no Pais de Gales, a Seleção Brasileira olímpica fez 2 a 0 na da Grã-Bretanha sem maiores esforços, naquele modo "cuidado para não se machucar".

Em jogada ensaiada Sandro (foto) fez 1 a 0 quando todos esperavam uma cobrança de falta com violência por Hulk e quem a cobrou foi Neymar, na cabeça do companheiro, aos 11 minutos de jogo.

Aos 34 foi a vez de Hulk ser derrubado na área e de Neymar, com atuação discreta, ampliar.

Os britânicos tinham o gigante galês Giggs, 38 anos,  em campo e quase nada mais, o que permitiu o desfile malemolente do time verde e amarelo.

No segundo tempo, provavelmente por pedido de Mano Menezes, o time tratou de se empenhar mais e passou a exigir boas defesas do goleiro adversário.

Já Rafael, o goleiro brasileiro do Santos, fez apenas uma defesa, e milagrosa, mas em lance de impedimento do ataque rival.

Aos 22, Lucas e Ganso entraram nos lugares de Hulk e Oscar.

Hulk jogou, Oscar se poupou e, na verdade, só mesmo Leandro Damião participou pouco do jogo, sendo trocado por Pato aos 28.

Os súditos da Rainha, nessas alturas, já tinham trocado sete jogadores.

Aos 34, Alex Sandro substituiu Marcelo, bem no jogo, mas autor de uma falta violenta num jogo de compadres.

Aos 39, Sandro saiu e entrou Danilo.

Em resumo o que se viu foi mais uma movimentação para tirar o avião do corpo e adaptar o time nacional ao clima do Reino Unido (o jogo foi no Riverside Stadium meio vazio, em Middlesbrough) contra um dos participantes do torneio olímpico, em vez de ter sido contra uma galinha morta, como é comum nessas horas.

Embora, registre-se, o time da Rainha não seja muito mais do que isso (com todo respeito) e, não fosse por seu goleiro, teria tomado pelo menos mais dois gols.

Em bom português, os meninos de Mano deram uma bela espreguiçada antes do pôr do sol no Império Britânico onde, muito antigamente, o sol jamais se punha.

(E o blogueiro se despede, porque, daqui a pouco, parte para Londres).

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/