Espanha na final!
Um primeiro tempo amarrado, com Portugal não deixando a Espanha, mesmo com quase 60% de posse de bola, se impor como habitualmente.
Apenas três chances de gol, duas espanholas, uma com Iniesta, outra portuguesa, com Cristiano Ronaldo, em chutes que rasparam os postes.
E veio o segundo tempo, com a Espanha pondo Fábregas em campo no lugar de Negredo, mas sem alterar o desenho do jogo, entre as intermediárias, sem maiores emoções.
O primeiro lance mais entusiasmante só aconteceu já aos 22 minutos, quando Xavi levou perigo com um chute no meio do gol.
O jogo era catimbado, repleto de simulações, bem latino, quase sul-americano…
Portugal aceitava mais o domínio espanhol, mas ia à frente quando podia.
Nani dá uma solada e o árbitro alivia.
Cristiano Ronaldo era parado com faltas seguidamente.
Mas ele errava as cobranças também seguidamente.
Aos 41, ousadia de Vicente Del Bosque, saca Xavi para entrada de Pedro Rodrigues.
A verdade é que ninguém jogava nem pela prorrogação nem pelos pênaltis, mas a prorrogação parecia inevitável e a semifinal tinha cara de pênaltis…
E, aos 44, lance imperdoável de Cristiano Ronaldo, num contra-ataque, quatro contra três, da entrada da área, mas já nela, ele mandou nas nuvens de Donestk.
A prorrogação começou com os campeões europeus e mundiais dispostos a liquidar o jogo e no fim do primeiro tempo teve a melhor chance do jogo, quando Pedro distribuiu lençóis pela esquerda e Iniesta teve a chance do gol salvo por milagre do goleiro Rui Patrício.
Difícil dizer se Portugal apostou na decisão na marca da cal ou se cansou, de tanto marcar o time espanhol, mas o fato foi que o goleiro luso teve de fazer nova boa defesa no segundo tempo, todo espanhol.
Mas vieram os tiros para definir quem iria à grande final.
Xabi Alonso bateu e Rui Patrício defendeu espetacularmente.
João Moutinho chutou e Casillas pegou muito bem.
Iniesta fez 1 a 0, com categoria.
Pepe empatou.
Piqué fez 2 a 1.
Nani empatou, pelo alto.
Sérgio Ramos, de cavadinha, fez 3 a 2.
Bruno Alves bateu no travessão.
Fábregas pôs a Espanha na final, com justiça.
Quem fala espanhol saiu na frente nesta quarta-feira.
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