Empate de gigantes na Eurocopa
No primeiro grande clássico mundial da Eurocopa, entre dois campeões mundiais, Itália e Espanha disputaram um primeiro tempo mais para xadrez do que para futebol.
Não que tenha sido ruim, ao contrário, até foi bom, mas respeitoso em demasia, cauteloso, com a Fúria excessivamente preciosista e a Azzurra mais perigosa e objetiva, embora dominada.
O segundo tempo foi mais franco, sem trocadilho com o nada saudoso ditador espanhol.
Aos 4 e aos 6 minutos a Espanha só não marcou porque Buffon fez duas grandes defesas.
E, aos 9, Balotelli desarmou Sergio Ramos pela direira, invadiu a área com tempo de sobra para fuzilar Casillas ou dar para Cassano livre, não fez nem uma coisa nem outra e acabou desarmado pelo próprio Sergio Ramos.
Dois minutos depois foi devidamente trocado por Di Natale que, no quarto minuto em campo, recebeu um senhor passe de Pirlo e abriu o placar.
Era a velha Itália de guerra que o mundo conhece.
Sem favoritismo, em crise, em meio a escândalos, mas, invariavelmente, protagonista.
Verdade que a alegria durou só mais três minutos, porque David Silva fez como Pirlo para Fabregas e os espanhóis empataram belissimamente: 1 a 1.
Aos 29 Fabregas deu lugar a Fernando Torres que, em seu primeiro lance, foi posto na cara do gol, mas adiantou demais a bola e foi desarmado por Buffon.
Em seguida, Di Natale recebeu outro grande lançamento, agora de Giovinco, mas pegou mal o voleio na cara do gol.
Um jogão!
Aos 40, outra vez Fernando Torres, ao receber de Xavi, teve a chance da virada e a desperdiçou depois de fazer tudo certo ao se livrar do zagueiro num drible seco e tentar cobrir o goleiro, mas tentou com muita força e cobriu também o travessão.
Enfim, um belo embate entre dois gigantes do futebol mundial e justo até certo ponto, porque a Espanha fez mais para vencer, embora, aos 43, Marchisio tenha desperdiçado excelente chance ao chutar fraco, à queima-roupa, em Casillas.
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