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Blog do Juca Kfouri

De 1 a 1 em 1 a 1 ninguém enche o papo. Mas com 2 a 1....

Juca Kfouri

19/05/2012 20h28

Começou o décimo Campeonato Brasileiro em pontos corridos.

E na primeira de 38 rodadas ficou claro que, no Flamengo, as férias fizeram bem só para o goleiro Paulo Vitor, que fechou o gol na febril Ilha do Retiro (26.699 pagantes) , apesar de o Sport ter perdido lá, uma semana atrás, o título estadual.

Mas para o rubro-negro pernambucano ganhar do rubro-negro carioca tem sabor especial, como se continuasse a decidir o título brasileiro de 1987.

E o Leão foi para cima, sem que o Mengo ameaçasse, embora o 0 a 0 tenha permanecido, injustamente, até o intervalo.

O segundo tempo transcorreu no mesmo ritmo e por mais que a torcida do Sport tema voltar para a segunda divisão, quem tremia era o caríssimo time do Flamengo, com Ronaldinho, Love e tudo mais.

Até que, aos 12, Marquinhos Gabriel pegou uma sobra de bola na entrada da área e concluiu com categoria, sem chance para o goleiro.

Era justo e era pouco.

Joel Santana tirou Bottinelli e pôs Deivid, aos 17.

Na primeira participação dele, pôs Love na cara do gol e o atacante desperdiçou mandando na nuvens, na primeira chance real do Flamengo.

O Flamengo melhorou e Kleberson achou Love novamente em posição privilegiada e, desta vez, o 9 não perdoou e empatou: era o castigo imposto a quem perdeu tantos gols e o prêmio ao goleiro Paulo Vitor: 1 a 1.

No finzinho, o travessão salvou o que seria um gol contra de Wellington, o da vitória do Sport

No Pacaembu  (com 8.939 pagantes) o jogo entre Palmeiras e Portuguesa foi sem sal até que Luan marcasse o primeiro gol do Brasileirão, aos 37 minutos, em belo chute de fora da área.

A Lusa é candidatíssima a voltar para a Série B e o Palmeiras tem elenco para disputar vaga, no máximo, para a Copa  Sul-Americana.

 

Perdendo, a Lusa tentou no segundo tempo o que não buscara no primeiro, o que deu espaço para o Palmeiras buscar a definição do jogo num contra-ataque vadio.

A verdade é que a Lusa se impôs, revelando a fragilidade alviverde, embora o jogo tenha melhorado, com as chances se alternando, até que, no fim, veio o empate com Rodriguinho, que subiu sozinho para fazer o 1 a 1.

Nos acréscimos, Maikon Leite chutou no travessão, mas, como se sabe, bola na trave não altera o placar.

Dois empates em 1 a 1 na primeira rodada que ainda terá Figueirense e Náutico, às 21h.

No Recife, injusto para os donos da casa, pois caiu do céu para os visitantes.

Em São Paulo, sem contestação.

Mas empatar, neste tipo de campeonato, é sempre pouco.

Coisa da qual o Figueirense, em casa, escapou no último minuto, quando fez 2 a 1 no Náutico, que saiu do Recife e foi a Floripa para empatar, mas não conseguiu segurar o que seria o terceiro 1 a 1 do Brasileirão diante de 5.315 torcedores.

Caio e Fernandes fizeram os gols do Figueira e Araújo, de pênalti, o do Timbu.

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/