De 1 a 1 em 1 a 1 ninguém enche o papo. Mas com 2 a 1....
Começou o décimo Campeonato Brasileiro em pontos corridos.
E na primeira de 38 rodadas ficou claro que, no Flamengo, as férias fizeram bem só para o goleiro Paulo Vitor, que fechou o gol na febril Ilha do Retiro (26.699 pagantes) , apesar de o Sport ter perdido lá, uma semana atrás, o título estadual.
Mas para o rubro-negro pernambucano ganhar do rubro-negro carioca tem sabor especial, como se continuasse a decidir o título brasileiro de 1987.
E o Leão foi para cima, sem que o Mengo ameaçasse, embora o 0 a 0 tenha permanecido, injustamente, até o intervalo.
O segundo tempo transcorreu no mesmo ritmo e por mais que a torcida do Sport tema voltar para a segunda divisão, quem tremia era o caríssimo time do Flamengo, com Ronaldinho, Love e tudo mais.
Até que, aos 12, Marquinhos Gabriel pegou uma sobra de bola na entrada da área e concluiu com categoria, sem chance para o goleiro.
Era justo e era pouco.
Joel Santana tirou Bottinelli e pôs Deivid, aos 17.
Na primeira participação dele, pôs Love na cara do gol e o atacante desperdiçou mandando na nuvens, na primeira chance real do Flamengo.
O Flamengo melhorou e Kleberson achou Love novamente em posição privilegiada e, desta vez, o 9 não perdoou e empatou: era o castigo imposto a quem perdeu tantos gols e o prêmio ao goleiro Paulo Vitor: 1 a 1.
No finzinho, o travessão salvou o que seria um gol contra de Wellington, o da vitória do Sport
No Pacaembu (com 8.939 pagantes) o jogo entre Palmeiras e Portuguesa foi sem sal até que Luan marcasse o primeiro gol do Brasileirão, aos 37 minutos, em belo chute de fora da área.
A Lusa é candidatíssima a voltar para a Série B e o Palmeiras tem elenco para disputar vaga, no máximo, para a Copa Sul-Americana.
Perdendo, a Lusa tentou no segundo tempo o que não buscara no primeiro, o que deu espaço para o Palmeiras buscar a definição do jogo num contra-ataque vadio.
A verdade é que a Lusa se impôs, revelando a fragilidade alviverde, embora o jogo tenha melhorado, com as chances se alternando, até que, no fim, veio o empate com Rodriguinho, que subiu sozinho para fazer o 1 a 1.
Nos acréscimos, Maikon Leite chutou no travessão, mas, como se sabe, bola na trave não altera o placar.
Dois empates em 1 a 1 na primeira rodada que ainda terá Figueirense e Náutico, às 21h.
No Recife, injusto para os donos da casa, pois caiu do céu para os visitantes.
Em São Paulo, sem contestação.
Mas empatar, neste tipo de campeonato, é sempre pouco.
Coisa da qual o Figueirense, em casa, escapou no último minuto, quando fez 2 a 1 no Náutico, que saiu do Recife e foi a Floripa para empatar, mas não conseguiu segurar o que seria o terceiro 1 a 1 do Brasileirão diante de 5.315 torcedores.
Caio e Fernandes fizeram os gols do Figueira e Araújo, de pênalti, o do Timbu.
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