O dia seguinte
Hoje é o primeiro dia, depois de 23 anos, sem Ricardo Teixeira no comando da CBF.
Ele foi embora para Boca Raton e deixou sua carta de renúncia para ser lida por seu sucessor, José Maria Marin, ex-governador biônico de São Paulo e, agora, presidente também sem voto da CBF.
O governo federal festeja, as redes sociais bombam de contentamento, mas tem gente insatisfeita.
Alguns presidentes de federações estaduais, por exemplo, que já ameaçam não aprovar as contas de Teixeira na reunião prevista para abril, porque querem eleição imediatamente.
Em sua carta, o ex-presidente se queixa de falta do devido reconhecimento por seus feitos.
Um deles ao menos de maneira indevida, porque quando se jacta do Campeonato Brasileiro por pontos corridos parece se esquecer de que liderou um boicote, com ameaça de lockout, ao Estatuto do Torcedor, exatamente o texto que tornou obrigatório o campeonato ao longo da temporada e com datas conhecidas pelos participantes do começo ao fim.
Os próximos dias prometem tensão e, por enquanto, chama atenção o silêncio sepucral dos grandes clubes do país.
Não se sabe se por respeito ao clima de velório na CBF ou se por absoluta desarticulação, incapacidade mesmo de impor a autoridade que a massa torcedora deveria lhes conferir.
Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, dia 13 de março de 2012.
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