Brasil, o país da piada pronta e o francês que também não é sério
No país da piada pronta, a carta de rompimento de relações com o secretário-geral da Fifa foi para a cidade errada na Suiça.
Em vez de ir para Zurique, a sede da Fifa, foi para Lausanne, sede do COI.
Se a carta foi para endereço errado, o causador do rompimento, o francês que não é sério e é secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, mandou um inconvincente pedido de desculpas ao Brasil.
Inconvincente em primeiro lugar porque Valcke já havia chamado de infantil a reação brasileira ao chute no traseiro.
E em segundo lugar porque ele quis nos convencer de que foi mal traduzido.
Segundo sua bizarra versão, chute no traseiro em francês é apenas sinônimo de acelerar o ritmo.
Então, ficamos assim: quando formos capazes de mandar uma carta para o endereço certo, nós mandaremos uma dizendo apenas para Valcke tomar um chute no traseiro, o que nos poupará de dizer para ele acelerar o ritmo na direção do quinto dos infermos.
E, neste meio tempo, aprovamos a Lei Geral da Copa e apressamos as obras, sem superfaturá-las.
Assim, quando um dia Jérôme Valcke se encontrar com Charles De Gaulle,um poderá olhar para o outro, e o outro para um, e dizerem ao mesmo tempo: o Brasil pode não ser um país sério, não saber endereçar correspondência e atrasado em seus compromissos, mas acha que traseiros foram feitos para serem admirados, jamais chutados.
Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, 6 de março de 2012.
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