Més que futbol!
Acabo de ver o primeiro tempo de Barcelona 2, Valencia 1.
Não sei como o jogo vai acabar.
Mas ao cabo dos 45 minutos iniciais, embora o título do Campeonato Espanhol deste ano pareça já ser do Real Madrid (10 pontos à frente) , a sensação é a de ter visto um recital de futebol.
Algo além do futebol que se vê por aqui, certamente o melhor que se poderia ver nestes dias de Carnaval.
O Valencia começou fazendo 1 a 0, logo aos 8 minutos, e foi só para o terceiro colocado do campeonato.
Porque o time catalão resolveu honrar o Camp Nou lotado e passou a jogar, mesmo sem Xavi (que só entrou no fim) e com problemas em sua defesa, o futebol que o mundo se acostumou a vê-lo jogar nos últimos tempos.
E tomou conta, virando com dois gols de Lionel Messi, aos 22 e 27, e só não fazendo mais porque o goleiro Diego Alves, ex-Galo e da Seleção Brasileira, está mesmo numa forma espetacular e porque o travessão ainda impediu um terceiro gol.
Se o Barcelona é més que un club, como se diz em catalão, a bola que apresenta é também més que futbol.
E, para coroar, abela transmissão deste suave e vibrante narrador da ESPN, o companheiro Cledi Oliveira.
Vai começar o segundo ato do recital.
O que vier é lucro.
Ao que tudo indica, a curtição do Barça neste Campeonato Espanhol será manter a freguesia do Real Madrid.
No primeiro turno, no Santiago Bernabeu, na 16a. rodada, foi 3 a 1 para o time blaugrana contra os merengues da capital.
O jogo do segundo turno, diante da torcida culé, será no dia 22 de abril, pela 35a. rodada.
Com 15 minutos do segundo tempo, Diego Alves já fez mais três defesaças e tomou mais uma bola no travessão, em bola que desviou em cabeçada de Messi.
O desfile não pára.
Aos 30, depois de mais uma defesa do goleiro brasileiro, o rebote sobrou para o há três temporadas melhor jogador do mundo que marcou seu terceiro gol no jogo, o 27o. no Campeonato Espanhol, apenas um a menos que Cristiano Ronaldo.
O também da Seleção Brasileira, atacante Jonas, ex-Grêmio, esteve em campo, mas, desta vez, não jogou, porque a bola pouco chegou para ele.
Para completar a apoteose, aos 40, Messi fez o 4 a 1, encobrindo Diego Alves com uma cavadinha sensacional.
Xavi, que entrou aos 41, ainda fez, também por cobertura, o 5 a 1.
E a exibição acabou assim, 5 a 1: satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
O placar moral, no entanto, sem exagerar, foi 10 a 2.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/