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Blog do Juca Kfouri

A quinta vez do Timão do Doutor!

Juca Kfouri

04/12/2011 19h03

No mundo todo e para sempre o título brasileiro de 2011 será lembrado como o dia de Sócrates, o original.

O mais original dos jogadores corintianos.

O Magrão esteve presente no ar, mas ausente do jogo.

E esteve ausente durante todo o primeiro tempo, quando o Corinthians viu o Palmeiras jogar, algumas vezes até com perigo, principalmente porque o Vasco era melhor e vencia o Flamengo com gol do ex-palmeirense Diego Souza, em lindo passe do ex-corintiano Nilton, aos 29.

Diego Souza que já havia sofrido um pênalti claro não marcado pela arbitragem.

Ninguém pensava o jogo no lado corintiano, como sempre fez o gênio do calcanhar.

Mesmo assim, no fim dos 45 minutos iniciais, Henrique tocou em William dentro da área num pênalti não assinalado pela arbitragem.

Que, no começo dos 45 finais, expulsou Valdivia com exagero, embora o chileno tenha pago pelo que sempre faz.

O Corinthians que já tinha começado melhor, passou a ter o domínio que faltava.

Para melhorar, o ex-corintiano Renato Abreu, aos 10, empatou no Engenhão, com categoria.

O pentacampeonato se desenhava com cores mais fortes para o Corinthians.

Principalmente porque, aos 25, Jumar, do Vasco, ex-Palmeiras, também foi expulso e se o time cruzmaltino já estava de língua de fora, imagine com 10.

O jogo no Rio, diga-se, era mais animado que o em São Paulo.

Se bem que, no Pacaembu, aos 26, Marcos Assunção pôs a bola na área e Fernandão desviou na trave corintiana. Um baita susto!

Aos 28, em outro exagero, a arbitragem expulsou Wallace do Corinthians.

E o ex-capitão Chicão entrou em campo no lugar de William.

O Corinthians só pensava em defender.

E o goleiro Felipe, ex-Corinthians, um dia suspeito de ter entregue para o Flamengo, fez milagre aos 33 para evitar o segundo gol vascaíno, de Dedé, pela direita.

Cinco minutos depois foi a vez de Fernando Prass evitar o gol da virada de Ronaldinho Gaúcho.

O Corinthians segurava a bola, regulamento embaixo do braço, jogo chato, muito chato, mas que valia o pentacampeonato.

A ponto de, aos 40, Tite tirar Liedson e botar Edenílson.

Bah, tchê!

O Doutor não aprovaria e manteria a bola na frente.

Aprovaria muito menos o que fez João Vítor ser expulso ao se irritar com Jorge Henrique porque ele deu um chute no vazio, ao estilo de Valdivia, aos 43.

Estourou um sururu ridículo e desagradável que culminou com a expulsão também de Leandro Castán.

O jogo acabou no Rio depois de outro quebra-pau, que culminou com Renato Abreu expulso.

E assim o Brasileirão chegou ao fim.

Com o Corinthians campeão pela quinta vez.

O Doutor sorriu.

Pode ter certeza.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/