A última jogada de Ricardo Teixeira
Olhe bem para esta foto.
Ela foi tirada na última terça-feira, por ocasião do jantar que o empresário José Victor Oliva (em pé, no meio, careca) ofereceu ao narrador Galvão Bueno, ao seu lado, taça de vinho na mão.
Note bem quem é a figura poderosa da imagem, o que está cercado pelos demais, no centro de tudo.
Sim, é ele, Andrés Sanchez, o ainda presidente do Corinthians, anunciado ontem como novo diretor de seleções da CBF.
Nos extremos opostos, à esquerda, o também empresário José Hawilla, e o cartola Ricardo Teixeira, uma relação que já foi sólida e que hoje quase que apenas mantém as aparências, tantos foram os tombos recentes sofridos pelo dono da Traffic.
Mas o essencial é mostrar como Teixeira aparece como coadjuvante, ao lado de Ronaldo Fenômeno, para entender o noticiário mais recente, que dá conta, também, de um convite do presidente da CBF e do COL para que o ex-jogador assuma o papel que Michel Platini fez na Copa da França e Franz Beckembauer desempenhou na Copa da Alemanha, como está na coluna Panorama Esportivo, de O Globo, de ontem.
Teixeira andava isolado a tal ponto que o deputado Romário o humilhou na Câmara dos Deputados e quase não houve reação da bancada da bola.
A Fifa até quis entregar sua cabeça a Dilma Rousseff que preferiu deixar o problema com a Fifa.
Externamente, Teixeira buscou os apoios de Jack Warner, da Concacaf, de Nicolás Leoz, da Conmebol, de Julio Grondona, da AFA e do quatari que a Fifa baniu, Bin Hammam, o homem que separou definitivamente Joseph Blatter de Teixeira.
E internamente, ao buscar sair dos holofotes, Teixeira, para voltar a ser o homem das sombras, das articulações de bastidores, chamou Sanchez para a CBF e Ronaldo para o COL.
E não há de ter sido à toa que disse, assim que tornou pública a contratação de Sanchez, diante dos jornalistas, que era preciso telefonar para Lula para contar a novidade.
Ele sabe que ninguém que tenha a simpatia de Lula estará isolado no Brasil.
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