Minas pede socorro e diaboliza a Copa do Mundo

Imagine a seguinte situação: última rodada do Brasileirão, clássico mineiro entre Cruzeiro e Galo e, quem perder, cai para a segunda divisão.

Ou, um já está nela e, se vencer ou empatar com o rival, também o carrega para o abismo.

Ou, ainda, o clássico será o último deles na primeira divisão, porque, já caidos, o próximo será na segundona.

Pesadelo? Sim, pesadelo.

Mas cada vez mais possível porque o Galo já é o primeiro dos últimos e o Cruzeiro, apenas quatro pontos na frente, já é o último dos que estão fora da zona do rebaixamento.

Cruzeiro que, lembremos, como o Inter, o Santos, o São Paulo e o Flamengo faz parte do seletíssimo grupo dos grandes que jamais cairam.

Que o dia 4 de dezembro os encontre, ao contrário, garantidos na primeirona, já que o América está mesmo condenado sem ter mais o que fazer, prova da falta que faz o Mineirão.

É bem provável que atleticanos e cruzeirenses jamais perdoem a Copa do Mundo no Brasil porque já não são poucos os que a responsabilizam pela situação em que se encontram os dois times.

E a rodada que passou foi trágica para ambos: o Galo derrotado no Beira-Rio pelo Inter e o Cruzeiro derrotado na Arena do Jacaré pelo líder Vasco — e por 3 a 0.

A rodada, aliás, teve mais de três gols por jogo, exatos 31 gols em 10 jogos, média de público de quase 13 mil pagantes por partida, melhor público o do Corinthians, com quase 24 mil torcedores e o pior o do Cruzeiro, com pouco mais de 6 mil.

Registre-se aqui, pela primeira vez, o bom público do Atlético Goianiense, com mais de 12 mil torcedores.

O Vasco se firmou na liderança e abriu mais um ponto sobre o vice-líder.

Tem agora dois pontos de vantagem sobre o vice-líder Corinthians que deixou para trás o São Paulo e o Botafogo, embora o alvinegro carioca, com um jogo a menos, seja virtualmente o segundo colocado.

E domingo que vem, além de um São Paulo e Flamengo, com a reestreia de Luís Fabiano, no Morumbi, teremos, em São Januário, o clássico dos líderes Vasco e Corinthians, os dois times que decidiram o primeiro Mundial de Clubes da Fifa.

São Paulo e Vasco são favoritos.