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Blog do Juca Kfouri

Vasco solta o grito de campeão!

Juca Kfouri

08/06/2011 23h54

Divulgação

O Vasco foi para o vestiário do Couto Pereira, lotado, no intervalo do jogo contra o Coritiba como campeão da Copa do Brasil.

Mas a festa no estádio era coxa.

Porque o campeão invicto do Paraná tinha virado, com justiça, um jogo que perdia por 1 a 0 desde os 12 minutos, num gol de Alecsandro em jogada de Éder Luís, que foi à linha de fundo pela direita e cruzou.

Mas até então o Coritiba tinha sufocado o Vasco que jogava na base do barata voa, dando chutão para onde estivesse virado.

Feito o gol que exigiria três do Coritiba, houve bem uns 10 minutos de perplexidade no gramado e nas tribunas do estádio coxa.

E o Vasco assumiu o domínio do jogo até que a massa voltasse a empurrar os donos da casa, o que aconteceu ali por volta dos 22 minutos.

Cinco minutos depois o Coritiba mexeu, fazendo entrar Leonardo no lugar de Marcos Paulo.

E foi aos 29 que o inferno verde reacendeu, com gol de Bill, na segunda trave, recebendo passe de cabeça de Jonas.

O Vasco voltou a pirar.

E Rafinha, livre na grande área, chutou com violência para defesa parcial de Fernando Prass, cujo rebote Davi pegou muito bem para fazer 2 a 1, aos 44.

O Coritiba precisava de mais um gol e o Vasco precisava que não saíssse mais gol algum no segundo tempo.

Se antes de o jogo começar o 0 a 0 era ótimo para os cariocas, antes de o segundo tempo ter início o 2 a 1 também era.

Mas se antes de o jogo começar o Coritiba precisava de um gol para levar a decisão aos pênaltis, antes de o segundo tempo ter início um gol significaria o título inédito.

Claro que gol não interessava ao Vasco se não fosse dele.

E exatamente como no primeiro tempo, depois de pressão paranaense, aos 12, Éder Luís chutou de fora da área e Édson Bastos aceitou: 2 a 2.

Imediatamente Marcelo Oliveira tirou Lucas Mendes e Léo Gago e pôs Eltinho e Marcos Aurélio, tudo ou nada, empatado por dois ou perdido por três era a mesma coisa. O Coritiba precisava de dois gols.

E quando mais se ouvia a torcida vascaína, aos 21, de fora da área, Willian fez um golaço, no ângulo, de placa.

E Ricardo Gomes não mexia no Vasco.

Sim, os dois times, os dois técnicos, as duas torcidas mereciam o título.

Mas só um lado iria comemorar.

Aos 33, Bernardo e Jumar substituíram Felipe e Diego Souza.

Jumar já entrou batendo, num jogo que, diga-se, muitas vezes descambou para mais pura deslealdade.

A pressão coxa era total, mas a resistência cruzmaltina não era menor.

E se o Couto Pereira teve motivo para aplaudir seu time vencedor ao final do jogo, São Januário tem ainda mais para receber seus campeões da Copa do Brasil.

Ainda mais que, no fim, em duas jogadas de Éder Luís, por muito pouco o Vasco não empatou.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/