Impensável! Impensável?

Lembremos que já houve uma Copa do Mundo, a de 1986, prevista para ser disputada na Colômbia e que acabou sendo recebida pelo México, que, 16 anos antes, sediara a Copa vencida pelo Brasil.

Mas não nos esqueçamos que a Fifa não tomou a Copa da Colômbia, mas a Colômbia foi quem desistiu da Copa.

Tudo isso para imaginar a hipótese de o Brasil passar pelo vexame de ver a Fifa cancelar a Copa em nossa terra.

É impensável, sem dúvida, para um país que cada vez mais ganha importância mundo afora e que até luta por um lugar no seleto Conselho de Segurança da ONU.

Fosse ainda Lula o presidente e seria mais impensável ainda.

Mas a presidenta Dilma Rousseff é menos maneirosa que o ex-presidente e não simpatiza nem um pouco com a cartolagem.

Tanto que mandou tirar os privilégios que a Fifa teria nas obras para a Copa, certamente um dos motivos do anúncio feito hoje pela entidade de que estão adiadas as definições sobre as sedes e o calendário do evento, por mais que isto seja negado.

A Fifa está sob intenso bombardeio da Inglaterra, cujo primeiro ministro, David Cameron, até de "farsa" chamou as últimas eleições que reelegeram Sepp Blatter.

A Inglaterra organiza uma Copa do Mundo do dia para a noite com o pé nas costas e se ganhasse este direito, seja agora, seja no lugar do Qatar, provavelmente se calaria.

É impensável que o Brasil seja caroneado.

Mas não é impensável que a Inglaterra seja agraciada.

Impensável?