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Blog do Juca Kfouri

Sem Gre-Nal na Libertadores

Juca Kfouri

04/05/2011 21h31

No primeiro minuto, para explosão do Beira-Rio, Oscar fez belo gol e pôs o Inter na frente do Peñarol.

Era tudo que o torcedor colorado queria porque se o 0 a 0 já bastava, o 1 a 0 era o golpe que os uruguaios não contavam.

E o Inter esteve perto de marcar mais uma vez até que o Peñarol equilibrou as coisas, embora sem ameaçar e, no fim do primeiro o Inter esteve de novo a ponto de fazer 2 a 0 e matar o jogo.

Mas não matou.

E começou a morrer surpreendentemente com 15 segundos do segundo tempo, em outro belo gol, mas de Martinuccio.

O Beira-Rio gelou, pois o 1 a 1 provocava a a decisão na marca da cal.

Era ruim, mas sempre é possível ser pior, como ficou provado cinco minutos depois, quando Oliveira, de cabeça, aproveitou ótima jogada de Aguiar pela esquerda.

Pronto!

Nadica de Gre-Nal nas quartas de final, mas não pela ausência do Grêmio, porque o Inter caiu antes.

Só que faltavam mais de 40 minutos e tanto o Inter ameaçou o empate que não lhe servia, como o Peñarol ameaçou o terceiro gol que liquidaria de vez a fatura.

O Inter era o desespero em estado puro dos suicidas e o Peñarol era a frieza absoluta dos assassinos.

Teve bola na trave, defesa salvadora de Sosa, chuveirinho, chuveiro e chuveirão na área, só não teve mais gol, mesmo com cinco minutos de acréscimos.

Ser eliminado pelo Peñarol em qualquer campo do mundo do futebol não é desonra para ninguém, ainda mais agora quando, de novo, o futebol uruguaio está na vitrine, quarto colocado na Copa do Mundo de 2010.

Mas que ninguém esperava entre os colorados também é verdade.

Daí a enorme frustração com a primeira derrota sob o comando de Paulo Roberto Falcão.

Uma pena.

E Gre-Nal só mesmo para decidir o Gauchinho-2011.

Consola?

Mas nunca!

E já imaginou se o Grêmio faz milagre no Chile daqui a pouco?

Metade do Rio Grande terá de ir passar uns dias em Santa Catarina.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/