O decálogo da estação do metrô em Higienópolis/SP
Sobre a estação do metrô em Higienópolis, bairro onde moro, tenho a dizer o seguinte:
1. O bairro abriga gente muita rica e gente que trabalha, muito, para sobreviver bem;
2. Desnecessário dizer em que situação se enquadra este blogueiro;
3. Qualquer referência anti-semita é simplesmente odiosa;
4. A polêmica é daquelas que permitem muita demagogia, à direita e à esquerda;
5. Os milionários também têm o direito de se manifestar e de se organizar para reivindicar;
6. Não devem ser atendidos, é claro, se prejudicarem a coletividade, coisa que um governo tucano tem dificuldade em fazer;
7. É falso o argumento "técnico" sobre a proximidade com estações já previstas;
8. Basta andar em Paris para constatar que a cada 500 metros, em zonas nobres da cidade, há estações de metrô;
9. É mentirosa a argumentação sobre a necessidade de uma estação próxima ao estádio do Pacaembu;
Simplesmente porque, como a estação está prevista para daqui a quatro anos, não servirá a ninguém em dias de jogos, pois jogos não mais acontecerão lá.
A cidade já terá o Fielzão pronto, a Arena do Palmeiras pronta, o Morumbi e o Canindé.
Além do mais, só são possíveis dois shows por ano no Pacaembu.
Enfim, conta outra que esta não pega;
10. Finalmente, 3.500 assinaturas num bairro de 55 mil habitantes representam, no máximo, 6,36% das opiniões do bairro, convenhamos muito pouco para expressar a posição de quem mora nele.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/