Blatter se humilha em público
Sepp Blatter acaba de protagonizar uma humilhante entrevista coletiva na Fifa.
Coletiva que ele concedeu não por ser democrático, mas porque pelo menos dois dos principais patrocinadores da Fifa fizeram chegar a ele que não estavam satisfeitos com o nível de explicações dadas até agora.
Provavelmente depois da desastrada coletiva, seguirão ainda mais insatisfeitos e se perguntando se vale a pena patrocinar jogos sujos.
Blater até parecia com Ricardo Teixeira nas CPIs no Congresso Nacional uma decada atrás.
Tirou o corpo de tudo, absolveu seus aliados, disse que não há crise, apenas dificuldades e argumentou, para provar, com a beleza do espetáculo de Wembley, no sábado.
Só se esqueceu de dizer que lá não foi, exatamente pelo tamanho da crise.
E acabou a entrevista pedindo respeito.
Sabe-se que quem precisa pedir respeito só o faz porque já o perdeu.
AFifa está ferida pelo pior mar de lama em que já se envolveu desde que, em 1974, João Havelange a assumiu e a transformou, para o bem e para, principalmente, o mal, no que é hoje.
E não será surpresa se a Copa do Qatar acabar em outro lugar.
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