Os dois passos em falso de Juvenal Juvêncio
Juvenal Juvêncio errou duas vezes.
Na política interna do São Paulo FC e na externa.
Na interna, ao tentar se reeleger mais uma vez, atraiu a oposição de velhos parceiros que acabam de conseguir uma liminar na Justiça impedindo a realização da reunião extraordinária que estava marcada para hoje com a finalidade de mudar o estatuto do clube e permitir o terceiro mandato a JJ.
Em sua decisão, o juiz ainda determinou que, em havendo nova convocação para reunião extraordinária, haverá de ficar claro que a mudança estatutária tem a finalidade de permitir a reeleição, o que torna transparente a sede pelo poder.
É tão infeliz a atitude de JJ que até mesmo num grupo de jovens tricolores, entre os quais filhos de cardeais são-paulinos, o seu próprio filho e o genro, há quem esteja contra a reeleição, coisa que o grupo disse pessoalmente ao cartola e dele ouviu uma grande reprimenda, a ponto de alguns recuarem imediatamente.
Dois desses jovens, no entanto, permanecem contra.
Na política externa o episódio da Taça de Bolinhas terá consequências.
O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, adotou a única postura que lhe caberia, ao informar ao Flamengo nesta manhã que a entidade entrará como litisconsorte (como parte ao lado do rubro-negro) na ação contra a CBF.
Ou seja, neste momento delicado em que se negociam novos direitos sobre o Campeonato Brasileiro, o São Paulo virou empecilho, exatamente como a CBF gostaria assim como a Traffic, hoje com grande influência na Gávea.
Não é por acaso que se murmura pelos corredores que o Corinthians estaria disposto a liderar um movimento para rachar o Clube dos 13.
Já há quem queira acrescentar mais um J às iniciais de Juvenal Juvêncio…
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