O difícil adeus de Ronaldo
Ronaldo Fenômeno deve anunciar no fim da manhã de hoje que está encerrando a carreira.
Segundo Paulo Roberto Falcão, só o jogador de futebol morre duas vezes, a primeira quando encerra a carreira.
Já segundo o Doutor Sócrates, ninguém abandona a carreira de jogador de futebol, é o futebol que abandona o jogador.
Pelé foi exceção, como Zico, como Zinedine Zidane.
Mas Romário inventou a história dos mil gols para jogar até depois dos 40.
Rivaldo está aí, quase quarentão, resistindo.
Ronaldo poderia ter parado antes, por cima, campeão da Copa do Brasil pelo Corinthians, em 2009.
Mas, no ano seguinte, o do centenário, tinha Libertadores.
E ele sucumbiu ao sonho de se imortalizar ainda mais.
Anuncia agora que vai parar, porque a cabeça manda e o corpo não obedece.
Tomara que seu último jogo não tenha sido contra o Tolima e que haja um programa de despedidas como ele merece.
Porque o corintiano comum certamente se orgulhará sempre de ter visto um dos maiores jogadores da história do futebol o com a camisa alvinegra.
E há de querer homenageá-lo devidamente.
Comentário para o Jornal da CBN desta segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011.
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