Corinthians e Cruzeiro, com sustos. E autoridade
Um jogo estudado, cauteloso, morno no Morumbi (42.667 pagantes), com poucas faltas, e muito calor.
O Corinthians deu o tom e só vacilou por cerca de 90 segundos quando o goleiro Júlio César teve de trabalhar três vezes.
Mas o alvinegro criara as melhores chances, uma delas muito clara, com Bruno César não pegando bem de pé esquerdo.
Foi então que Jucilei deu uma enfiada de bola preciosa para Elias aparecer de surpresa pela direita na cara de Rogério e finalizar com uma bomba estufando a rede tricolor.
Era a diferença mínima para a vantagem mínima que o Corinthians, inteiro, exercia sobre o São Paulo com desfalques.
Para o segundo tempo os donos da casa vieram com tudo, na base do abafa e com Jorge Wagner e Ilsinho nos lugares de Casimiro e Diogo.
Logo de cara, Ilsinho deu um elástico em Roberto Carlos que, se redunda em gol, entraria para a história do Majestoso.
Nos primeiros 15 minutos só deu São Paulo e Ricardo Oliveira teve três boas chances de gol, uma delas sem conseguir dominar uma bola que lhe deixaria na cara de Júlio César; outra em contra-ataque pela esquerda, quando chutou cruzado com perigo; e mais uma, sem ângulo, pela direita, quando Júlio César fez uma defesa impossível.
Apenas aos 15m54s o Corinthians conseguiu criar um bom contra-ataque, mas que não chegou a levar perigo ao gol são-paulino, só preocupação.
Aos 22, Marlos entrou no lugar de Fernandão, última alteração tricolor, e Danilo no de Bruno César, primeira do alvinegro.
Aos 35, Júlio César fez outra bela defesa, em arremate de Jorge Wagner.
A entrada de Danilo piorara sensivelmente a posse de bola corintiana, ao contrário do que Tite desejava.
E Ilsinho se servia em Dentinho, para, enfim, na terceira entrada, levar um cartão.
Aos 38, Paulinho substituiu Elias.
O São Paulo insistia demais pela esquerda e parava na marcação corintiana, enquanto pela direita criava melhores chances.
Mas, aos 39, fim de jogo.
Em ótima jogada começada, de letra, por Dentinho pela esquerda para Ronaldo e puxada por Paulinho, Alessandro, pela direita, foi à linha de fundo, cruzou, Rogério não conseguiu interceptar e Dentinho cutucou para fazer 2 a 0.
Dentinho deu lugar para Iarley, aso 44.
Em 11 jogos e quatro anos, sete vitórias e quatro empates fazem a escrita corintiana contra os donos do Morumbi.
No Barradão, com um sol para cada um, o Vitória foi melhor que o Cruzeiro até tomar, aos 35, o gol contra marcado por Jonas ao tentar interceptar um cruzamento de Thiago Ribeiro.
Até ali, num jogo tecnicamente fraco, a melhor chance tinha sido de Kléber Pereira, substituto de Júnior, suspenso.
Além de um quase gol olímpico de Ramon, salvo na linha por Fábio.
O segundo tempo já foi muito mais mineiro do que baiano e se algum gol devesse sair seria para o Cruzeiro, jamais o do empate rubro-negro, que apenas conseguiu mandar, meio por acaso, uma bola no travessão cruzeirense.
Mas o 1 a 0 ficou no placar, para desespero dos torcedores locais, exatos 37. 873.
Corinthians e Cruzeiro fizeram a parte deles.
Tomaram seus sustos, mas venceram com justiça.
Para pressionar o Fluminense que entra em campo daqui a pouco.
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