Santos cresce, Inter pára, Vasco sonha e Corinthians despenca
Para festejar seu centenário, o Corinthians, de bem com a CBF, conseguiu adiar seu jogo contra o Vasco pelo primeiro turno do Brasileirão.
Imagine o tamanho do NÃO se o pedido fosse do São Paulo, do Palmeiras, do Flamengo, do Flu, enfim, dos que não votaram como a CBF queria no Clube dos 13.
Então, o Corinthians nadava de braçada e o Vasco se afogava.
Hoje, em situação inversa, em São Januário (9.285 pagantes), o Vasco não teve o menor trabalho para fazer 2 a 0 num Corinthians esfacelado em todos os sentidos.
No moral, inclusive, porque denunciado como palco de "negociatas" até pelo Juiz de Direito Miguel Marques e Silva que comandava, e não comanda mais, seu Departamento Amador.
O Vasco fez 1 a 0 logo aos 9 minutos, com Zé Roberto, uma régua em impedimento, pela direita e pelas costas da lenta defesa alvinegra.
Em seguida, embaixo das traves, Iarley perdeu a única chance criada pelo time paulista.
Mais adiante, mas agora pela esquerda, foi a vez de Éder Luís deixar sua marca, pelas costas da defesa corintiana, aos 21.
Definitivamente, o problema corintiano não se chamava Adilson Batista, por mais que ele tenha trazido um Thiago Heleno e insistido com um Moacir.
Como miséria pouca é bobagem, o Corinthians de tantas novidades em seu centro de treinamentos e de recuperação, perdeu mais um, o lateral Alessandro, substituído, aos 30, por Boquita.
Enquanto isso, na Vila Belmiro (10.036 pagantes), o Santos, com justiça, batia o Inter por 1 a 0, gol de Neymar, aos 26, num raro erro de passe de Kléber, que talvez tenha se esquecido de que joga pelo Colorado e não mais pelo Peixe.
Os gaúchos não conseguiram criar uma única situação de risco para os anfitriões durante todo o primeiro tempo, totalmente santista.
A verdade é que o Inter é um com D'Alessandro e outro sem ele, que foi poupado.
O Santos ficava a um ponto do Corinthians, a quatro do Flu e a seis do Cruzeiro, enquanto o Inter permanecia a sete do líder.
Para o segundo tempo, o Inter voltou com Tinga no lugar de Derley.
Aos 9, Celso Roth trocou Marquinhos por Guto e, em seguida, Marcelo Martelotte trocou Alan Patrick pelo excelente Alex Sandro.
Andrezinho também entrou no campeão da Libertadores no lugar de Ilan.
E Maranhão entrou no lugar do machucado Léo no Santos.
Bem que o Inter tentou a reação e acabou criando situações perigosas.
Numa delas, Alex Sandro tirou na linha fatal e na outra Rafael fez uma baita defesa em chute de Andrezinho.
Mas Renan também evitou o que seria o segundo gol de Neymar.
Nunca jamais em tempo Colorado saiu vitorioso da Vila Belmiro, que foi inaugurado em 1916!
Já em São Januário, o Corinthians insistiu com Souza até os 10 minutos, quando depois que ele tropeçou literalmente nas próprias pernas, foi trocado imediatamente por Defederico.
Mas o segundo tempo no Rio foi uma pasmaceira só, o Vasco, escaldado, só administrando a boa vantagem e o Corinthians impotente, sem ter nada a mostrar.
O Vasco trocou, aos 22, Fellipe Bastos por Allan e, aos 28, Carlinhos por Renato Augusto.
Os cruzmaltinos ainda sonham, provavelmente em vão, com a Libertadores.
E os corintianos se distanciam dela a passos largos, seis jogos seguidos sem nem sequer uma vitória, apenas dois pontos ganhos.
Em tempo: o Fluminense é o campeão do primeiro turno e leva o Troféu Osmar Santos do diário "Lance!".
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