Topo

Blog do Juca Kfouri

Novo empate no Engenhão e bobeira gigante na Vila

Juca Kfouri

24/10/2010 20h29

Por RAFAEL BELATTINI

Pela primeira vez o Vasco e Flamengo fizeram um "Clássico dos Milhões" no Engenhão (21.519 pagantes).

O ineditismo ficou por aí, já que, assim como os outros seis clássicos cariocas que aconteceram no estádio neste Brasileirão, o jogo terminou empatado.

No primeiro tempo equilibrado o Vasco saiu na frente em um lance confuso aos 26 minutos.

Zé Roberto avançou pela direita e cruzou rasteiro. Welinton tentou o corte, a bola bateu em Juan e no travessão. No rebote, Cesinha estava esperto e mandou para as redes.

O Flamengo voltou com Petkovic no lugar de Kléberson. Antes dos 20 minutos, Diogo entrou no lugar de Deivid e Marquinhos na vaga de Juan.

A pressão era toda rubro-negra e ficou ainda maior quando Dedé entrou com o pé no meio da canela de Willians e foi expulso com toda a justiça, ao contrário do que a briga dos jogadores cruz-maltinos pudesse sugerir.

PC Gusmão colocou Jadson no lugar de Zé Roberto e Fellipe Bastos entrou na vaga de Felipe.

Fernando Prass segurou o placar para o Vasco até os 35 minutos.

Então, Marquinhos cruzou e Renato, de costas para o gol, desviou de cabeça o suficiente para vencer o goleiro vascaíno e empatar a partida.

Após o gol de empate, PC Gusmão foi expulso por reclamação que já vinha desde o cartão vermelho de Dedé.

Os rubro-negros ainda tentaram pressionar em busca da vitória, mas não conseguiram.

Com o 1 a 1, o Vasco chegou ao seu 15º empate. O Flamengo aos seu 14º e o Engenhão, que foi palco de 26 jogos no campeonato, ficou com seu placar em igualdade pela 14ª vez.

Na Vila Belmiro (11.075 pagantes) o Santos tinha o jogo mais fácil da rodada dentre os times que aspiram o título.

Jogando em casa, vencer o lanterna e virtualmente rebaixado Grêmio Prudente não seria uma missão das mais complicadas. Era quase uma garantia de um bom presente para o aniversário de 70 anos de Pelé.

E começou confirmando o que se esperava.

Keirrison, de cabeça, fez seu segundo gol com a camisa do Peixe e abriu o marcador aos 20 minutos.

O 2 a 0 veio quinze minutos depois quando Neymar cobrou falta, Zé Eduardo ajeitou e Durval encheu o pé para marcar.

Na segunda etapa as coisas mudaram. O Grêmio Prudente diminuiu com Wesley logo no primeiro minuto.

A vitória que parecia tranquila tornou-se um pouco mais complicada por que Rhayner recebeu um presente da defesa santista, arrancou e foi derrubado por Edu Dracena dentro da área.

Gilmar cobrou a penalidade e deixou tudo igual.

Depois do empate o Peixe mudou. Alan Patrick e Keirrison deram lugar a Madson e Alex Sandro.

Mas, se no intervalo do jogo a pergunta era de quanto o Santos venceria, o que aconteceu no segundo tempo era insólito.

Aos 16, Rhayner cruzou da esquerda e Wesley apareceu na segunda trave para fazer seu segundo gol no jogo. O gol da virada do Grêmio Prudente. 3 a 2.

O Santos parecia perdido em campo, mas o time prudentino passou a ajudar o Peixe.

Leonardo derrubou Zé Eduardo, recebeu o segundo amarelo e acabou expulso.

E o atacante santista provocaria outra expulsão ao ser agredido por Flávio em um lance sem bola e dentro da área. Pênalti.

Neymar, que jogava com a camisa 70 em homenagem ao aniversário de Pelé, cobrou a penalidade e, mais uma vez, desperdiçou.

O Grêmio Prudente, mesmo com a vitória, está longe demais de escapar da segunda divisão em 2011. Já o Santos vê esfriar o sonho da triplice coroa, mesmo continuando seis pontos atrás dos líderes.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/