Novo empate no Engenhão e bobeira gigante na Vila
Por RAFAEL BELATTINI
Pela primeira vez o Vasco e Flamengo fizeram um "Clássico dos Milhões" no Engenhão (21.519 pagantes).
O ineditismo ficou por aí, já que, assim como os outros seis clássicos cariocas que aconteceram no estádio neste Brasileirão, o jogo terminou empatado.
No primeiro tempo equilibrado o Vasco saiu na frente em um lance confuso aos 26 minutos.
Zé Roberto avançou pela direita e cruzou rasteiro. Welinton tentou o corte, a bola bateu em Juan e no travessão. No rebote, Cesinha estava esperto e mandou para as redes.
O Flamengo voltou com Petkovic no lugar de Kléberson. Antes dos 20 minutos, Diogo entrou no lugar de Deivid e Marquinhos na vaga de Juan.
A pressão era toda rubro-negra e ficou ainda maior quando Dedé entrou com o pé no meio da canela de Willians e foi expulso com toda a justiça, ao contrário do que a briga dos jogadores cruz-maltinos pudesse sugerir.
PC Gusmão colocou Jadson no lugar de Zé Roberto e Fellipe Bastos entrou na vaga de Felipe.
Fernando Prass segurou o placar para o Vasco até os 35 minutos.
Então, Marquinhos cruzou e Renato, de costas para o gol, desviou de cabeça o suficiente para vencer o goleiro vascaíno e empatar a partida.
Após o gol de empate, PC Gusmão foi expulso por reclamação que já vinha desde o cartão vermelho de Dedé.
Os rubro-negros ainda tentaram pressionar em busca da vitória, mas não conseguiram.
Com o 1 a 1, o Vasco chegou ao seu 15º empate. O Flamengo aos seu 14º e o Engenhão, que foi palco de 26 jogos no campeonato, ficou com seu placar em igualdade pela 14ª vez.
Na Vila Belmiro (11.075 pagantes) o Santos tinha o jogo mais fácil da rodada dentre os times que aspiram o título.
Jogando em casa, vencer o lanterna e virtualmente rebaixado Grêmio Prudente não seria uma missão das mais complicadas. Era quase uma garantia de um bom presente para o aniversário de 70 anos de Pelé.
E começou confirmando o que se esperava.
Keirrison, de cabeça, fez seu segundo gol com a camisa do Peixe e abriu o marcador aos 20 minutos.
O 2 a 0 veio quinze minutos depois quando Neymar cobrou falta, Zé Eduardo ajeitou e Durval encheu o pé para marcar.
Na segunda etapa as coisas mudaram. O Grêmio Prudente diminuiu com Wesley logo no primeiro minuto.
A vitória que parecia tranquila tornou-se um pouco mais complicada por que Rhayner recebeu um presente da defesa santista, arrancou e foi derrubado por Edu Dracena dentro da área.
Gilmar cobrou a penalidade e deixou tudo igual.
Depois do empate o Peixe mudou. Alan Patrick e Keirrison deram lugar a Madson e Alex Sandro.
Mas, se no intervalo do jogo a pergunta era de quanto o Santos venceria, o que aconteceu no segundo tempo era insólito.
Aos 16, Rhayner cruzou da esquerda e Wesley apareceu na segunda trave para fazer seu segundo gol no jogo. O gol da virada do Grêmio Prudente. 3 a 2.
O Santos parecia perdido em campo, mas o time prudentino passou a ajudar o Peixe.
Leonardo derrubou Zé Eduardo, recebeu o segundo amarelo e acabou expulso.
E o atacante santista provocaria outra expulsão ao ser agredido por Flávio em um lance sem bola e dentro da área. Pênalti.
Neymar, que jogava com a camisa 70 em homenagem ao aniversário de Pelé, cobrou a penalidade e, mais uma vez, desperdiçou.
O Grêmio Prudente, mesmo com a vitória, está longe demais de escapar da segunda divisão em 2011. Já o Santos vê esfriar o sonho da triplice coroa, mesmo continuando seis pontos atrás dos líderes.
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