Cruzeiro e Corinthians garfados
O Cruzeiro é um time danado.
Era dominado pelo Grêmio no Olímpico repleto (mais de 41 mil torcedores, 37.194 pagantes), que até gol anulado, e bem, de Jonas já tinha visto.
Mas na primeira chance real que criou, Montillo fez 1 a 0, aos 28.
E o líder passou a equilibrar o jogo, embora o tricolor fosse sempre mais perigoso.
Só aos 49 o Grêmio empatou, com Júnior Viçosa pegando rebote de Fábio num chute violento de Jonas.
Era justo e prometia um segundo tempo ainda melhor.
Mas melhor no segundo tempo foi o Cruzeiro que, por ironia, viu Fábio fazer bela defesa em chute do xará Rochemback.
No minuto seguinte, porém, Gilberto pôs a bola na cabeça de Wellington Paulista que fez 2 a 1 mas, criminosamente, o bandeira anulou.
Gilberto havia entrado no lugar de Pablo, como Gílson entrara no de Fábio Santos.
E, aos 29, Thiago Ribeiro derrubou exatamente Gílson na área e Jonas marcou, de pênalti, seu 20o. gol no Brasileirão, Grêmio 2 a 1.
Em seguida, Cuca tirou Thiago Ribeiro e pôs Farias.
E o Grêmio esteve mais perto do terceiro gol que o Cruzeiro do empate num jogo que cumpriu com o que prometera.
Já o Corinthians foi roubado no primeiro tempo em Campinas.
Ronaldo fez dois gols anulados, o primeiro corretamente, o segundo criminosamente, como o gol cruzeirense.
Contra o Vasco, o alvinegro já tinha sido prejudicado pois o primeiro gol vascaíno foi em impedimento.
Mas é aquilo que o blog sempre diz: mil vezes um gol validado em impedimento duvidoso do que a anulação de um gol legal.
O Corinthians foi superior ao Guarani durante os primeiros 45 minutos e o time da casa só teve uma chance de gol, salva por Chicão, de cabeça, na linha fatal.
Só que o segundo tempo começou com o Bugre bem melhor.
E com o Corinthians fisicamente mortinho sob o sol campineiro.
Danilo e Iarley entraram nos lugares de Roberto Carlos e Defederico.
Mas, aos 25, sozinho, Ronaldo cabeceou para fora o gol mais feito do jogo.
Pior: aos 28, o próprio Ronaldo deu o gol para Moacir que, simplesmente,…furou.
Ou seja, o Corinthians já fazia por merecer a vitória, mas falhava na hora agá e não aproveitava a derrota do Cruzeirense para ficar a dois pontos dele e com quem ainda vai jogar.
Aos 38, foi azar mesmo, pois Paulinho mandou no travessão um passe brilhante de Elias.
A última chance de gol ainda foi do Bugre.
E o 0 a 0 frustrante ficou no placar do Brinco de Ouro, com 17.469 pagantes.
O Cruzeiro perdeu três pontos quando deveria ter perdido dois e o Corinthians ganhou só um ponto quando deveria ter ganho três.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/