Timão no apito, Verdão no coração
O Vitória tem do que reclamar no primeiro tempo que fez contra o Corinthians, no Pacaembu (32.819 pagantes) em clima de festa do centenário, na última partida do alvinegro com 99 anos de vida.
Porque o rubro-negro baiano teve a primeira grande chance de gol, oportunidade que Henrique perdeu logo no começo do jogo.
E também o viu mandar uma bola no travessão, quando ainda estava 1 a 0 para o alvinegro, no fim dos primeiros 45 minutos.
Se não bastasse, teve um pênalti de Paulo André em Júnior, aos 30, não assinalado pela arbitragem.
Já o Corinthians, que teve do que reclamar contra o Flamengo, Avaí e Cruzeiro, hoje só teve a agradecer.
Porque Roberto Carlos acertou um lançamento de 50 metros na cabeça de Iarley, que enfim jogou bem, no primeiro gol corintiano, aos 10, e Paulinho ganhou de presente o segundo gol, aos 47, do zagueiro Gabriel: 2 a 0.
Ronaldo Fenômeno entrou em campo, mas não se pode dizer que tenha jogado no primeiro tempo.
Mas no segundo, aos 10, duas vezes, em lances consecutivos, deu com açúcar primeiro para Bruno César e, depois, para Elias marcar, coisa que o goleiro Viáfara impediu com brilho.
Aos 17, o camisa 9 pediu para sair. E, é claro, saiu. Sob aplausos.
William Morais o substituiu.
Chicão também saiu, mas machucado, para a entrada do estreante Thiago Heleno.
O Corinthians tinha o jogo sob completo domínio e mostrava até um preciosismo exagerado, razão pela qual não fazia mais gols.
Daí, aos 37, foi castigado, com Kléber Pereira diminuindo de cabeça, ele que entrara, 10 minutos antes, no lugar de Vanderson: 2 a 1.
Aos 40, o Vitória empatou, mas o bandeira viu um impedimento que só ele viu.
E o Vitória passava a ter do que reclamar também no segundo tempo, porque vítima de um resultado injusto.
Injusto também porque levou um tremendo sufoco à dupla de área Paulo André e Thiago Heleno, que mal se conhece.
Em Ipatinga, com ingressos a R$ 5, a torcida do Galo comprou todos os ingressos (11.120 pagantes).
E viu seu time acertar o travessão de Marcos logo aos 4, com Neto Berola.
Mas não viu muito mais, ao contrário, porque as outras chances mais agudas foram do Palmeiras, com Kléber, em lançamento de Valdivia que mais caiu do que jogou, e com Fabrício, no último minuto do primeiro tempo.
Foi Réver quem salvou a pátria atleticana em cima da linha no lance de Kléber.
Aos 7 do segundo tempo, Serginho desceu pela direita e deu na medida para Neto Berola fazer o gol mineiro na saída de Marcos: 1 a 0.
O Galo saía da ZR, enfim, e passava a ficar mais perto do segundo gol que o Palmeiras do empate.
Só que foi Marcos Assunção quem empatou, exatamente depois que o Galo teve duas chances ótimas de gol, com Serginho, desarmado por Danilo, e Neto Berola.
O palmeirense aproveitou-se de mais uma batida de roupa do goleiro Fábio Costa, em chute de Luan, depois de jogada guerreira de Kléber pela esquerda, em roubada de bola.
O Palmeiras voltou a jogar melhor.
Aos 27, no entanto, o arqueiro se recuperou, ao salvar a virada com o pé, em chute cruzado de Kléber.
Mas, aos 31, não deu.
Kléber fez 2 a 1 entre as pernas de Fábio Costa, depois de grande trama entre ele e Marcos Assunção.
O Palmeiras virava na bola e na garra.
E Felipão, mais uma vez, ganhava de Luxemburgo.
Em 19 confrontos, são 9 vitórias e 6 empates, contra apenas 4 derrotas.
Ah, sim, é claro, ao perder pela 11a. vez, o Galo segue na ZR.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/