Cai o último invicto, Furacão e inundação
Mesmo quando perdia de 1 a 0 no Serra Dourada (17.445 pagantes) alvinegro, o Corinthians jogava melhor do que o Atlético Goianiense.
O gol goiano, de pênalti, nasceu de um lance acidental, quando, em impedimento, Tiuí foi derrubado pelo goleiro corintiano.
Aos 21, Róbston bateu e fez 1 a 0.
Pelo menos umas três oportunidades claras de gol o alvinegro havia desperdiçado, como desperdiçou outras tantas depois que Iarley empatou, ao receber de Danilo, de cabeça, aos 32.
Só mesmo no fim do primeiro tempo os anfitriões, em franca minoria dentro de casa, conseguiram assustar numa cabeçada de Tiuí.
Já no segundo tempo o Atlético começou muito melhor e exigiu ao menos um milagre de Júlio César, ainda antes do décimo minuto.
O Corinthians, que podia ter liquidado o jogo no primeiro tempo, passava a sofrer, para não perder o costume.
E, aos 23, tomou o segundo gol, de Pedro Paulo, num lance com nova participação do árbitro, que "cortou" um passe de Danilo e armou o contra-ataque goiano, com Bruno César caído, machucado, no lado esquerdo da defesa corintiana.
Enfim, uma lambança.
E Danilo saiu para a entrada de Tcheco e Dentinho deu lugar a Souza.
O que era fácil ficou difícil, muito difícil. E a torcida atleticana, enfim, se fazia ouvir.
O último invicto estava caindo.
Aos 30, certamente com má consciência, o árbitro deu um pênalti mandrake.
Só que Chicão, de novo, perdeu, como fizera diante do Galo, ao bater colocado, quando a cobrança com força e o seu forte.
O goleiro Márcio defendeu no canto esquerdo.
O lanterna vencia o líder e por 3 a 1, porque Marcão, aos 34, liquidou a fatura, para alegria do Fluminense que, se vencer o Cruzeiro nesta quinta-feira, no Maracanã, assumirá a liderança.
Mano Menezes ou Muricy Ramalho, quem será o técnico líder do Brasileirão quando a CBF anunciar o nome do novo treinador da Seleção?
Defederico ainda entrou no lugar de Roberto Carlos, em vão.
E, no último minuto, um pênalti contra o Corinthians não foi marcado pelo juizão.
Enquanto isso, na Arena da Baixada (20.001 pagantes), Paulo César Carpegiani, enfim, mostrou que tinha razão ao reclamar da injustiça dos últimos resultados do Furacão, principalmente contra o Vasco, quando a arbitragem foi deveras prejudicial.
Com um gol em cada tempo — de Bruno Costa, logo aos 2 minutos, aproveitando, de cabeça, um escanteio batido por Paulo Baier, e de Bruno Mineiro, no segundo minuto do segundo tempo, aproveitando o rebote de uma falta cobrada pelo mesmo Paulo Baier — o Furacão impôs a terceira derrota seguida ao Santos: 2 a 0.
E, num Olímpico (4.076 pagantes) encharcado, quase impraticável, Grêmio e Vasco ficaram no 1 a 1, bom para o time carioca, muito ruim para Silas, e ambos seguem na ZR.
Nunes, aos 6, e Jonas, aos 9 do primeiro tempo, marcaram os gols e se salvaram da inundação.
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