Uruguai, chuva, suor e golaço
A tradicional escola uruguaia tratou de se impor logo de cara contra a emergente Coreia do Sul.
E, logo aos 8 minutos, num cruzamento da esquerda, o goleiro oriental bobeou e Luis Suárez, na pequena área, só escorou para fazer 1 a 0.
A partir daí os uruguaios trataram de botar os coreanos em banho maria.
Coisa que fizeram com sucesso durante o tempo que restava no primeiro tempo.
Mas, no segundo, foi diferente.
Os uruguais se encolheram inexplicavelmente e passaram a dar espaço para os rivais.
Verdade que também havia espaços para contra-ataques, mas nenhum acabou por acontecer.
E a Coreia do Sul martelando.
De tanto martelar, aos 22, também em cruzamento da esquerda, Victorino em vez de afastar, deu a bola para Lee Chung-Young que empatou e fez justiça.
Justiça à Coreia, que jogava mesmo bem melhor.
Porta arrombada, o Uruguai acordou e foi para cima, voltando a criar suas chances.
Chovia bastante, mas muito mesmo em Port Elisabeth.
E a chuva abençoou Luis Suárez novamente, agora com um gol todo dele, um golaço, ao receber no bico esquerdo da área, livrar-se de um rival e bater colocado, com o lado do pé, em curva, para o fundo da rede: 2 a 1.
Por pouco, ao faltarem três minutos, os coreanos não empataram de novo, o que levaria o jogo para a prorrogação.
Mas a tradição bicampeã olímpica e mundial seguiu adiante para as quartas-de-final, à espera de Estados Unidos ou Gana.
Respeitem os uruguaios.
É gente muito séria.
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