Paraguai bate pênaltis como ninguém
Como era de se imaginar, Paraguai e Japão não fizeram um jogo bom.
O primeiro tempo, então, foi tedioso.
Aos 20 minutos o Paraguai teve uma boa chance defendida pelo goleiro, em seguida, como resposta, o Japão mandou uma bola no cocoruto do travessão e depois de mais alguns minutos os sul-americanos ainda tiveram outra oportunidade, desperdiçada por Roque Santa Cruz.
Foi só e foi tudo.
No segundo tempo, sem maiores alterações de esquemas e ambições, os asiáticos deixavam a iniciativa do jogo com os guaranis, que pareciam mais perto da vitória, embora o jogo cada vez mais, aos 60 minutos, tivesse a cara de prorrogação.
Que veio, inevitável, inexorável, porque como diz o filósofo Luxemburgo, o medo de perder tira a vontade de ganhar.
Pois eis que a prorrogação, a segunda da Copa 2010, começou mais animada, com o Japão dando a impressão de que tentaria se impor.
Ficou na impressão, porque quem se impôs mesmo foi o Paraguai, mais perigoso e decidido a não ir para a tortura dos pênaltis.
Já imaginou: o sangue caliente dos hermanos contra a frieza nipônica?
Hipótese que ficou mais perto, quando o primeiro tempo da prorrogação acabou também sem gols, embora até que ambos os times tenham tentado.
Neste momento faltam apenas 10 minutos para os pênaltis, que aconteceriam pela primeira vez na Copa africana.
Quando faltavam apenas 4, o Japão teve uma chance enorme, mas, na hora agá, faltou quem concluísse.
E veio a decisão na marca do PÊNALTI!
Tortura e loteria ou treino e competência?
Eles decidirão…
Quatro pênaltis batidos, 2 a 2, 100% de aproveitamento.
Seis pênaltis batidos, 3 a 2 para o Paraguai. O pênalti japonês foi ao travessão.
Oito pênaltis batidos, 4 a 3 para o Paraguai.
Falta um.
Cardoso vai batê-lo.
Não falta mais.
O Paraguai espera por Espanha ou Portugal.
Foram cinco cobranças perfeitas, colocadas ou violentas, mas perfeitas!
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/