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Blog do Juca Kfouri

Paraguai bate pênaltis como ninguém

juca kfouri

29/06/2010 13h42

Como era de se imaginar, Paraguai e Japão não fizeram um jogo bom.

O primeiro tempo, então, foi tedioso.

Aos 20 minutos o Paraguai teve uma boa chance defendida pelo goleiro, em seguida, como resposta, o Japão mandou uma bola no cocoruto do travessão e depois de mais alguns minutos os sul-americanos ainda tiveram outra oportunidade, desperdiçada por Roque Santa Cruz.

Foi só e foi tudo.

No segundo tempo, sem maiores alterações de esquemas e ambições, os asiáticos deixavam a iniciativa do jogo com os guaranis, que pareciam mais perto da vitória, embora o jogo cada vez mais, aos 60 minutos, tivesse a cara de prorrogação.

Que veio, inevitável, inexorável, porque como diz o filósofo Luxemburgo, o medo de perder tira a vontade de ganhar.

Pois eis que a prorrogação, a segunda da Copa 2010, começou mais animada, com o Japão dando a impressão de que tentaria se impor.

Ficou na impressão, porque quem se impôs mesmo foi o Paraguai, mais perigoso e decidido a não ir para a tortura dos pênaltis.

Já imaginou: o sangue caliente dos hermanos contra a frieza nipônica?

Hipótese que ficou mais perto, quando o primeiro tempo da prorrogação acabou também sem gols, embora até que ambos os times tenham tentado.

Neste momento faltam apenas 10 minutos para os pênaltis, que aconteceriam pela primeira vez na Copa africana.

Quando faltavam apenas 4, o Japão teve uma chance enorme, mas, na hora agá, faltou quem concluísse.

E veio a decisão na marca do PÊNALTI!

Tortura e loteria ou treino e competência?

Eles decidirão…

Quatro pênaltis batidos, 2 a 2, 100% de aproveitamento.

Seis pênaltis batidos, 3 a 2 para o Paraguai. O pênalti japonês foi ao travessão.

Oito pênaltis batidos, 4 a 3 para o Paraguai.

Falta um.

Cardoso vai batê-lo.

Não falta mais.

O Paraguai espera por Espanha ou Portugal.

Foram cinco cobranças perfeitas, colocadas ou violentas, mas perfeitas!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/