O Uruguai é cruel
Depois do Maracanazo, em 1950, coube de novo ao Uruguai calar um país, silenciar as vuvuzelas e fazer a festa no campo do anfitrião.
Com um golaço de Diego Forlan de fora da área, ainda no começo do jogo, a escola uruguaia pôs o time de Parreira no bolso e deixou a África do Sul em situação bem delicada, arriscada a ser a primeira dona de casa a ficar fora das oitavas-de-final de uma Copa do Mundo.
Placar aberto, o Uruguai continuou muito mais perto do segundo gol e, enfim, viu o árbitro dar pênalti cometido pelo goleiro africano, que ainda foi expulso do campo.
Forlan bateu e fez o segundo gol, primeiro jogador a marcar duas vezes num só jogo nesta Copa.
Nos acréscimos, Pereira fez 3 a 0, para não deixar nenhuma dúvida.
Silêncio no coração da África do Sul, Pretória, uma de suas capitais.
Carlos Alberto Parreira segue sem nunca ter vencido um jogo de Copa do Mundo fora da Seleção Brasileira.
E terá a França pela frente como último adversário nesta fase.
Mas ainda se ouvem vuvuzelas: estão na boca dos uruguaios, uma gente de respeito.
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