Kusmanovic fez o serviço. Vitória africana!
Antero Greco perguntava no estádio Loftus Versfeld, cheio de lugares vazios, em Pretória: "De que serve a gana se ninguém chuta a gol?".
De fato. Não servia para nada, a nao ser dar raiva, vontade de esganar 22 inutilidades no gramado.
No primeiro tempo inteiro, tanto a Sérvia quanto Gana, não chutaram a gol, exceção feita a um chute da herdeira da Iugoslávia, um dia chamada de o Brasil do leste europeu, pelo futebol insinuante que jogava.
Pois com dois técnico sérvios nos bancos, Radomir Antic no da Sérvia e Milovan Rajevc no de Gana, só mesmo no segundo tempo houve alguma emoção, num domingo que não prometia muito e que agora espera por Alemanha e Austrália para melhorar o astral, embora sem maiores motivos.
Fato é que mesmo com 11 contra 10 nos últimos 15 minutos e com mais chutes a gol do que os europeus, os africanos não conseguiam tirar o zero do placar e seguiam sem vitória neste Mundial.
Até que Kusmanovic (parece piada pronta, porque com a mão não vale) fez uma jogada de vôlei na área sérvia e Gyan fez 1 a 0 na cobrança do pênalti, para a África inteira comemorar.
No último minuto, Gyan ainda mandou uma bola na trave sérvia.
Foi justo, mas foi aborrecido.
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