Chi-chi-le-le-lê!
E o técnico Loco Bielsa entrou para história do futebol chileno.
Desde 1962, quando sediou a Copa do Mundo, que os chilenos não venciam um jogo de Copa do Mundo.
Mesmo em 1998, quando foram às oitavas-de-final, goleados por 4 a 1 pelo Brasil, foram como fruto de três empates na primeira fase, apesar de dupla Salas e Zamorano (um dia, aliás, no diário "Lance!", noticiei que Zamorano estava com um pé no Corinthians. E a fonte não foi a neta do empresário dele…).
Mas, hoje, venceram com autoridade a retrancada equipe de Honduras, cujo jogador que mais chama a atenção é Amado Guevara, mais pelo nome do que pela bola, tanto que foi substituído, aos 20 do segundo tempo.
Verdade que o goleiro hondurenho, Valladares, fez a maior defesa desta Copa, provavelmente insuperável, numa bola cabeceada de peixinho na pequena área e que ele foi buscar brilhantemente.
Fora disso, três destaques: o absoluto domínio chileno que não se traduziu em vantagem no marcador: o bom futebol do quase de novo palmeirense Valdívia e o gol de Jean Beausejour, filho de pai haitiano e mãe chilena, ainda no primeiro tempo, em jogada iniciada pelo "Mago" alviverde.
Se Alexis Sánchez, o chileno da Udinese, fosse mais eficaz e menos milongueiro, teria sido 3 a 0.
E a torcida chilena saiu do estádio Mbombela, em Nelspruit, com seu tradicional coro, o que intitula esta nota, bem melhor, convenhamos, que o do México, que já beira o escatológico.
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