Argentina dá o ar de sua graça
Diego Armando Maradona de terno, gravata e barba.
Ainda bem que sem charuto.
E com três atacantes, mesmo!
Lionel Messi de chuteira, meião, camisa e calção.
E jogando um bolão.
Dois chutes tão perfeitos que promoveram duas defesas também perfeitas do goleiro nigeriano.
Um passe 100% para Híguaín arrematar 70% e permitir nova defesa de Enyeama, brilhante.
A Argentina foi o que dela se espera do meio de campo para a frente e surpreendente na defesa, tamanha segurança demonstrou.
Seu gol, de Heinze, numa cabeçada portentosa em escanteio cobrado por Verón, logo aos 6 minutos, foi pouco para sua superioridade.
Pelo menos no primeiro tempo foi assim.
No segundo, por mais cautelosa, mais vunerável.
Mas, também, ainda assim mais perigosa que a Nigéria.
E com Messi em todos os lados do ataque, tocando com malícia, passando com precisão, se insinuando com esperteza, mais parecido com ele mesmo no Barcelona, embora, mais perto do fim do jogo, tenha errado bolas incomuns e perdido um gol que não poderia perder.
A Argentina mostrou uma organização que não tinha nas Eliminatórias e o talento que se conhece.
A Nigéria mostrou a força que se conhece e uma valentia digna de nota.
O 1 a 0 foi pouco para a Argentina, mas serviu como alento para a Nigéria, num belo jogo de futebol.
O segundo dia da Copa já foi melhor que o primeiro.
E ainda nem acabou.
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