Alemanha cai na real
Alemanha e Sérvia faziam um jogo chato, de intermediária a intermediária com algumas, poucas, incursões germânicas na área adversária.
Nenhum brilho individual e o 0 a 0 parecia inevitável quando, por exagero da arbitragem, Klose levou o segundo cartão amarelo e saiu expulso de campo.
Incontinenti (em memória de José Saramago, o grande escritor português que o mundo perdeu nesta sexta-feira), numa rara bola à linha de fundo, o cruzamento sérvio saiu mascado pela dividida alemã que tirou a zaga da linha da bola que acabou tocada para Jovanovic fazer 1 a 0.
Iria começar o drama alemão, que ainda no primeiro tempo chutou um balaço no travessão e viu a zaga rival salvar o rebote em cima da linha.
A tradicional persistência alemã teria uma dura prova no segundo tempo no estádio Baía Nelson Mandela, em Porto Elisabeth.
Prova que encontrou Podolski em dia de Podolski.
Ele perdeu dois gols feitos, em passes perfeitos de Ozil, o Ganso alemão, e, se não bastasse, bateu muito mal um pênalti infantilmente cometido por Vidic, que achou que jogava vôlei, não futebol.
Aí ficou ainda mais difícil, embora o segundo tempo não tivesse nem 15 minutos.
A Sérvia só se defendia mesmo com um jogador a mais e arriscava pouco, mas, aos 21, quase liquidou o jogo, ao mandar uma bola na trave alemã.
Se tecnicamente o jogo não era lá essas coisas, ao menos, drama não faltava.
E o brasileiro Cacau entrou no lugar de Muller, aos 26.
Mas a Alemanha de hoje está longe de ser o que já foi, ou mesmo aquela contra os cangurus.
Gana fica bem no grupo, pois venceu a Sérvia e pega a fraca Austrália.
Pode virar o time de toda África nas oitavas.
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