Santos, fácil, fácil, fácil
Ouso dizer que o Santos só não saiu na frente do São Paulo no primeiro tempo porque Robinho, e não André, estava no ataque praiano.
Robinho teve duas chances claras de gol que desperdiçou por egoismo, algo que não é a marca registrada na meninada santista, ao contrário.
Na primeira, Rogério Ceni fechou o ângulo e defendeu, quando Ganso estava sozinho na pequena área.
Na segunda, Rogério dividiu com Robinho tentando um pênalti em vez de passar a bola.
Sem se dizer do número de vezes em que ficou impedido.
Na verdade, o ponto alto do Santos, que teve mais duas chances claras de gol em cabeçada de Ganso defendida por Rogério e em bola que Alex Silva tirou na hora agá depois do chute de Neymar, foi a defesa.
O goleiro Felipe não precisou aparecer, porque a zaga sempre impediu a finalização tricolor, que chegou a ter o domínio do jogo.
No segundo tempo as coisas corriam parecidas.
O São Paulo especulava, o Santos era mais perigoso.
Aos 10, Ricardo Gomes foi para o tudo ou nada e tirou Cléber Santana para entrar Washington.
O jogo era pouco vibrante e o Santos jogava com o regulamento embaixo do braço e provava maturidade sem deixar que o São Paulo o ameaçasse.
Mas, enfim, aos 14, Wesley começou a jogada pela direita, deu para Marquinhos que cruzou.
Então, Neymar foi empurrado, o que seria pênalti, mas, de peixinho e com o ombro o braço e tudo, fez 1 a 0.
O Santos fazia o que dele se esperava.
Aos 20, pela primeira vez, Felipe teve de trabalhar, numa bomba de Washington que ele defendeu.
Quase 14 mil torcedores viram Alex Silva derrubar Neymar na área e o árbitro não marcar.
E Felipe fazer uma segunda grande defesa, em cabeçada de Jorge Wagner.
Neymar ainda fez 2 a 0 ao bater um pênalti que cavou escandalosamente.
Bateu com paradinha, é claro.
Mas tinha mais.
Aos 41, Madson que acabara de entrar, cruzou da esquerda e Ganso deixou sua marca na rede tricolor.
Estava 6 a 2 no placar agregado.
E era o São Paulo que precisava vencer por dois gols.
O São Paulo que perdeu todos os clássicos que disputou, coisa que não acontecia, como levantou o PVC, desde 1936.
E aí, o Santos continua sem ganhar de ninguém?
Os dois paulistas que estão na Libertadores não foram páreo para ele.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/