Estes clubes, pobres clubes...
A CBF já tomou conta dos espaços das lojas esportivas pelo mundo afora.
Nelas não se encontram camisas dos clubes brasileiros.
Só as da Seleção Brasileira.
Mas se encontram, também, camisas dos grandes clubes da Itália, da Espanha, da Inglaterra, do Boca Juniors e do River Plate.
É, isso mesmo!
Do Boca e do River.
Dos nossos, nenhuma.
A grife CBF substituiu o papel que um dia foi do Santos, do Botafogo.
Nossos clubes não excursionam mais, não se exibem na Europa, só a Seleçao.
Razão pela qual a CBF estimula que se vendam nossos ídolos, porque facilita o trabalho do técnico da Seleção, além de acostumá-los com o tipo de jogo que se encontra nas Copas do Mundo.
Não satisfeita, a CBF parte para cima dos patrocinadores.
Tudo bem a Nike, a Volkswagem, a Vivo, a Ambev, chega?
Não.
Quero mais, quero mais, quero mais.
E aí está mais uma, a Seara, que gastará provavelmente menos no Santos porque fechou com a CBF.
E isso que nem os salários dos convocados para a Seleção são pagos pela CBF.
A CBF quer que os clubes se danem, assim como as federações estaduais (e, aí, tem razão).
Por isso pensou em Kléber Leite, para não ter mais que se ocupar deles.
E a CBF já conseguiu, ao menos, rachar o Clube dos 13.
Ricardo Teixeira não pensa mais em eleições no Brasil, pois seu mandato irá até 2015.
Depois, FIFA!
Aqui, só a Seleção Brasileira.
E a Copa de 2014.
O resto que se exploda!
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/