Bravo Inter!
Em Quito, a 2850 metros de altitude e com estádio cheio, o Inter, como acontecera com o Flamengo, em Caracas, encontrou-se com o clima de Libertadores.
E foi duro.
Logo aos 16 minutos, uma saída em falso de Abbondanzieri foi salva em cima da linha por Sorondo.
O Deportivo não dava trégua.
E o Inter, para tentar contê-lo, arriscava de fora da área.
Mas, aos 33, em mais um vacilo do goleiro argentino do colorado gaúcho, os equatorianos abriram o placar.
Menos mal que, sete minutos depois, quando os anfitriões pareciam mais perto do segundo gol, em nova tentativa de fora da área, Alecsandro bateu forte, a bola foi à trave e o menino Giuliano empatou.
O empate no intervalo era tudo que o Inter poderia querer.
E, na verdade, o Colorado mandou nos últimos sete minutos do primeiro tempo.
A preocupação estava exatamente em saber como suportaria o segundo.
Pois o Inter começou o segundo tempo como acabou o primeiro, melhor em campo.
Aos 7 minutos, um absurdo!
Abbondanzieri sofreu uma entrada faltosa e o árbitro colombiano José Buitrago marcou pênalti.
A indignação foi tamanha que o apitador resolveu consultar seu auxiliar que o demoveu da insanidade.
Menos mal!
Três minutos depois, o jogo seguiu com falta para o Inter cobrar em sua área.
Mas com o Deportivo mais aceso.
Aos 18, da marca do pênalti, os equatorianos perderam gol feito.
O Inter parecia sentir a falta de ar.
Aos 25, a primeira troca no Inter, saiu Edu, entrou D'Alessandro.
Além de Jorge Fossati, o técnico, o Inter tinha Abbondanzieri, Sorondo, Bruno Silva, Guiñazu e D'Alessandro em campo para falar espanhol.
Mas o goleiro argentino era uma insegurança só e por pouco ele não entregou de graça o segundo gol ao adversário, numa falha de reposição de bola com as mãos.
Estranhamente, no entanto, ele seguia em campo, apesar de fazer caretas como se estivesse com muita dor, mais parecido com um tangueiro do que com um goleiro.
Aos 31, no entanto, Abbondanzieri fez bela defesa, em cabeçada perigosa, bem no canto.
Só dava Deportivo Quito.
O Inter resistia bravamente, evidentemente já esfalfado.
Wilson Matias substituiu Giuliano, para defender.
Alecsandro deu lugar a Taison, para atacar?
O 1 a 1 ficou no placar, graças a gigantes como Guiñazu, que suportaram um segundo tempo com 49 minutos, um exagero.
Tipo do empate que para ser valorizado.
UFA!
A maratona acabou, por ora.
Entre mortos e feridos, entre os brasileiros, salvaram-se todos, sem derrota.
Mas o Cruzeiro…
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